sábado, 31 de julho de 2010

RESOLUÇÕES DE JONATHAN EDWARDS (1722-1723)

Jonathan Edwards foi escritor, pastor e missionário norte-americano

Estando ciente de que sou incapaz de fazer qualquer coisa sem a ajuda de Deus, humildemente Lhe rogo que, através de Sua graça, me capacite a cumprir fielmente estas resoluções, enquanto elas estiverem dentro da Sua vontade, em nome de Jesus Cristo.

1. Resolvi que farei tudo aquilo que seja para a maior glória de Deus e para o meu próprio bem, proveito e agrado, durante todo tempo de minha peregrinação, sem nunca levar em consideração o tempo que isso exigirá de mim, seja agora ou pela eternidade fora. Resolvi que farei tudo o que sentir ser o meu dever e que traga benefícios para a humanidade em geral, não importando quantas ou quão grandes sejam as dificuldades que venha a enfrentar.
2. Resolvi permanecer na busca contínua de novas maneiras para poder promover as resoluções acima mencionadas.

3. Resolvi arrepender-me, caso eu um dia me torne menos responsável no tocante a estas resoluções, negligenciando uma ínfima parte de qualquer uma delas e confessar cada falha individualmente assim que cair em mim.

4. Resolvi, também, nunca negar alguma maneira ou coisa difícil, seja no corpo ou na alma, menos ou mais, que leve à glorificação de Deus; também não sofrê-la se tiver como evitá-la.

5. Resolvi jamais desperdiçar um só momento do meu tempo; pelo contrário, sempre buscarei formas de torná-lo o mais proveitoso possível.

6. Resolvi viver usando todas minhas forças enquanto viver.

7. Resolvi jamais fazer alguma coisa que eu não faria, se soubesse que estava vivendo a última hora da minha vida.

8. Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, como se não houvesse ninguém mais vil que eu sobre a terra, como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus.

9. Resolvi pensar e meditar bastante e em todas as ocasiões sobre minha própria morte e sobre circunstâncias relacionadas com a morte.

10. Resolvi, sempre que experimentar e sentir dor, relacioná-la com as dores do martírio e também com as do inferno.

11. Resolvi que sempre que pense em qualquer enigma sobre a salvação, fazer de tudo imediatamente para resolvê-lo e entendê-lo, caso nenhuma circunstância me impeça de fazê-lo.

12. Resolvi, assim que sentir um mínimo de gratificação ou deleite de orgulho ou de vaidade, eliminá-lo de imediato.

13. Resolvi nunca cessar de buscar objetos precisos para minha caridade e liberalidade.

14. Resolvi nunca fazer algo em forma de vingança.

15. Resolvi nunca sofrer nenhuma das mais pequenas manifestações de ira vinda de seres irracionais.

16. Resolvi nunca falar mal de ninguém, de forma tal que afete a honra da pessoa em questão, nem para mais nem para menos honra, sob nenhum pretexto ou circunstância, a não ser que possa promover algum bem e que possa trazer um real benefício.

17. Resolvi viver de tal forma como se estivesse sempre vivendo o meu último suspiro.

18. Resolvi viver de tal forma, em todo o tempo, como vivo dentro dos meus melhores padrões de santidade privada e daqueles momentos que tenho maior clarividência sobre o conteúdo de todo o evangelho e percepção do mundo vindouro.

19. Resolvi nunca fazer algo de que tenha receio de fazer uma hora antes de soar a última trombeta.

20. Resolvi manter a mais restrita temperança em tudo que como e tudo quanto bebo.

21. Resolvi nunca fazer algo que possa ser contado como justa ocasião para desprezar ou mesmo pensar mal de alguém de quem se me aperceba algum mal.

(Resoluções 1 a 21 foram escritas em New Haven em 1722)

22. Resolvi esforçar-me para obter para mim mesmo todo bem possível do mundo vindouro, tudo quanto me seja possível alcançar de lá, com todo meu vigor em Deus – poder, vigor, veemência, violência interior mesmo, tudo quanto me seja possível aplicar e admoestar sobre mim de qualquer maneira que me seja possível pensar e aperceber-me.

23. Resolvi tomar ação deliberada e imediata sempre que me aperceber que possa ser tomada para a glória de Deus e que possa devolver a Deus Sua intenção original sobre nós, Seu desígnio inicial e Sua finalidade. Caso eu descubra, também, que em nada servirá a glória de Deus exclusivamente, repudiarei tal coisa e a terei como uma evidente quebra da quarta resolução.

24. Resolvi que, sempre que encetar e cair por um caminho de concupiscência e mau, voltar atrás e achar sua origem em mim, tudo quanto origina em mim tal coisa. Depois, encetar por uma via cuidadosa e precisa de nunca mais tornar a fazer o mesmo e de orar e lutar de joelhos e com todas as minhas forças contra as origens de tais ocorrências.

25. Resolvi examinar sempre cuidadosamente e de forma constante e precisa, qual a coisa em mim que causa a mínima dúvida sobre o verdadeiro amor de Deus para direcionar todas as minhas fortalezas contra tal origem.

26. Resolvi abater tais coisas, a medida que as veja abatendo minha segurança.

27. Resolvi nunca omitir nada de livre vontade, a menos que essa omissão traga glória a Deus; irei, então e com frequência, rever todas as minhas omissões.

28. Resolvi estudar as Escrituras de tal modo firme, preciso, constante e frequente que me seja tornado possível e que me aperceba em mim mesmo de que estou crescendo no conhecimento real das mesmas.

29. Resolvi nunca ter como uma oração ou petição, nem permitir que passe por oração, algo que seja feito de tal maneira ou sob tais circunstâncias que me possam privar de esperar que Deus me atenda. Também não aceitarei como confissão algo que Deus não possa aceitar como tal.

30. Resolvi extenuar-me e esforçar-me ao máximo de minha capacidade real para, a cada semana, ser levado a um patamar mais real de meu exercício religioso, um patamar mais elevado de graça e aceitação em Deus, do que tive na semana anterior.

31. Resolvi nunca dizer nada que seja contra alguém, exceto quando tal coisa se ache de pleno acordo com a mais elevada honorabilidade evangélica e amor de Deus para com a sua humanidade, também de pleno acordo com o grau mais elevado de humildade e sensibilidade sobre meus próprios erros e falhas e de pleno acordo àquela regra de ouro celestial; e, sempre que disser qualquer coisa contra alguém, colocar isso mesmo mediante a luz desta resolução convictamente.

32. Resolvi que deverei ser estrita e firmemente fiel à minha confiança, de forma que o provérbio 20:6 “ Mas, o homem fiel, quem o achará? ” não se torne nem mesmo parcialmente verdadeiro a meu respeito.

33. Resolvi, fazer tudo que poderei fazer para tornar a paz acessível, possível de manter, de estabelecer, sempre que tal coisa nunca possa interferir ou inferir contra outros valores maiores e de aspectos mais relevantes. 26 de Dezembro de 1722

34. Resolvi nada falar que não seja inquestionavelmente verídico e realmente verdadeiro em mim.

35. Resolvi que, sempre que me puser a questionar se cumpri todo meu dever, de tal forma que minha serenidade e paz de espírito sejam ligeiramente perturbadas através de tal procedimento, colocá-lo diante de Deus e depois verificar como tal problema foi resolvido. 18 de Dezembro 1722

36. Resolvi nunca dizer nada de mal sobre ninguém que seja, a menos que algum bem particular nasça disso mesmo. 19 de Dezembro de 1722

37. Resolvi inquirir todas as noites, ao deitar-me, onde e em quais circunstancias fui negligente, que atos cometi e onde me pude negar a mim mesmo. Também farei o mesmo no fim de cada ano, mês e semana. 22 e 26 de Dezembro de 1722

38. Resolvi nunca mais dizer nada, nem falar, sobre algo que seja ridículo, esportivo ou questão de zombaria no dia do Senhor. Noite de Sábado, 23 de Dezembro de 1722

39. Resolvi nunca fazer algo que possa questionar sobre sua lealdade e conformidade à lei de Deus, para que eu possa mais tarde verificar por mim se tal coisa me é lícito fazer ou não. A menos que a omissão de questionar me seja tornada lícita.

40. Resolvi inquirir cada noite de minha existência, antes de adormecer, se fiz as coisas da maneira mais aceitável que eu poderia ter feito, em relação a comer e beber. 7 de Janeiro de 1723

41. Resolvi inquirir de mim mesmo no final de cada dia, de cada semana, mês e ano, onde e em que áreas poderia haver feito melhor e mais eficazmente. 11 de Janeiro 1723

42. Resolvi que, com frequência renovarei minha dedicação de mim mesmo a Deus, o mesmo voto que fiz em meu batismo, o qual recebi quando fui recebido na comunhão da igreja e o qual reassumo solenemente neste dia 12 de Janeiro, 1722-23.

43. Resolvi que a partir daqui, até que eu morra, nunca mais agirei como se me pertencesse a mim mesmo de algum modo, mas inteiramente e sobejamente pertencente a Deus, como se cada momento de minha vida fosse um normal dia de culto a Deus. Sábado, 12 de Janeiro de 1723.

44. Resolvi que nenhuma área desta vida terá qualquer influencia sobre qualquer de minhas ações; apenas a área da vivência para Deus. E que, também, nenhuma ação ou circunstância que seja distinta da religião seja a que me leve a concretizar. 12 de Janeiro de 1723

45. Resolvi também que nenhum prazer ou deleite, dor, alegria ou tristeza, nenhuma afeição natural, nem nenhuma das suas circunstâncias co-relacionadas, me seja permitido a não ser aquilo que promova a piedade. 12 e 13 de Janeiro e 1723

46. Resolvi nunca mais permitir qualquer medida de qualquer forma de inquietude e falta de vontade diante de minha mãe e pai. Resolvi nunca mais sofrer qualquer de seus efeitos de vergonha, muito menos alterações de minha voz, motivos e movimentos de meu olhar e de ser especialmente vigilante acerca dessas coisas quando relacionadas com alguém de minha família.

47. Resolvido a encetar tudo ao meu alcance para me negar tudo quanto não seja simplesmente disposto e de acordo com uma paz benévola, universalmente doce e meiga, repleta de quietude, hábil, contente e satisfeita em si mesma, generosa, real, verdadeira, simples e fácil, cheia de compaixão, industriosa e empreendedora, cheia de caridade real, equilibrada, que perdoa, formulada por um temperamento sincero e transparente; e também farei tudo quanto tal temperança e temperamento me levar a fazer. Examinarei e serei severo e acutilante nesse exame cada semana se por acaso assim fiz e pude fazer. Sábado de manhã, 5 Maio de 1723

48. Resolvi a, constantemente e através da mais acutilante beleza de caráter, empreender num escrutínio e exame minucioso e muito severo, para constatar e olhar qual o estado real de toda a minha alma, verificando por mim mesmo se realmente mantenho um interesse genuíno e real por Cristo ou não; e que, quando eu morrer não tenha nada de que me arrepender a respeito de negligências deste tipo. 26 de Maio de 1723

49. Resolvi a que tal coisa (de não ter afeto por Cristo) nunca aconteça, se eu a puder evitar de alguma maneira.

50. Resolvi que, sempre agirei de tal maneira, que julgarei e pensarei como o faria dentro do mundo vindouro apenas. 5 de Julho de 1723

51. Resolvi que, agirei de tal forma em todos os sentidos, como iria desejar haver feito quando me achasse numa situação de condenação eterna. 8 de Julho de 1723

52. Eu, com muita frequência, ouço pessoas duma certa idade avançada falarem como iriam viver suas vidas de novo caso lhes fosse dada uma segunda oportunidade de a tornarem a viver. Eu resolvi viver minha vida agora e já, tal qual eu fosse desejar vivê-la caso me achasse em situação de desejar vivê-la de novo, como eles, caso eu chegue a uma sua idade avançada como a sua. 8 de Julho de 1723

53. Resolvi apetrechar e aprimorar cada oportunidade, sempre que me possa achar num estado de espírito sadio e alegremente realizado, para me atirar sobre o Senhor Jesus numa reentrega também, para confiar nEle, consagrando-me a mim mesmo inteiramente a Ele também nesse estado de espírito; que a partir dali eu possa experimentar que estou seguro e assegurado, sabendo que persisto a confiar no meu Redentor mesmo assim. 8 de Julho de 1723

54. Sempre que ouvir falar algo sobre alguém que seja digno de louvor e dignificante e o possa ser em mim também, resolvi tudo encetar para conseguir o mesmo em mim e por mim. 8 de Julho de 1723

55. Resolvi tudo fazer como o faria caso já tivesse experimentado toda a felicidade celestial e todos os tormentos do inferno. 8 de Julho de 1723

56. Resolvi nunca desistir de vencer por completo qualquer de minhas veleidades corruptas que ainda possam existir, nem nunca tornar-me permissivo em relação ao mínimo de suas aparências e sinais, nem tão pouco me desmotivar em nada caso me ache numa senda de falta de sucesso nessa mesma luta.

57. Resolvi que, quando eu temer adversidades ou maus momentos, irei examinar-me e ver se tal não se deve a: não ter cumprido todo meu dever e cumprir a partir de então; e permitir que tudo o mais em minha vida seja providencial para que eu possa apenas estar e permanecer inteiramente absorvido e envolvido com meu dever e meu pecado diante de Deus e dos homens. 9 de Junho e 13 de Julho de 1723

58. Resolvi a não apenas extinguir nem que seja algum leve ar de antipatia, simpatia fingida que encobre meu estado de espírito, impaciência em conversação, mas também e antes poder exprimir um verdadeiro estado de amor, alegria e bondade em todos os meus aspectos de vida e conversação. 27 de Maio e 13 de Julho de 1723

59. Resolvi que, sempre que me achar consciente de provocações de má natureza e de mau espírito, que me esforçarei para antes evidenciar o oposto disso mesmo, em boa natureza e maneira; sim, que em tempos tal qual esses, manifestar a boa natureza de Deus, achando, no entanto, que em algumas circunstâncias tal comportamento me traga desvantagens e que, também, em algumas outras circunstâncias, seja mesmo imprudente agir assim. 12 de Maio, 2 e 13 de Julho

60. Resolvi que, sempre que meus próprios sentimentos comecem a comparecer minimamente desordenados, sempre que me tornar consciente da mais ligeira inquietude interior, ou a mínima irregularidade exterior, me submeterei de pronto à mais estrita e minuciosa exame e avaliação pessoal. 4 e 13 de Julho de 1723

61. Resolvi que a falta de predisposição nunca me torne relaxado nas coisas de Deus e que nunca consiga retirar minha atenção total de estar plenamente fixada e afixada só em Deus, exista a desculpa que existir para me tentar; tudo que a fala de predisposição me instiga a fazer, abre-me o caminho do oposto para fazer. 21 de Maio e 13 de Julho de 1723

62. Resolvi a nunca fazer nada a não ser como dever; e, depois, de acordo com Efésios 6:6-8, fazer tudo voluntariosamente e alegremente como que para o Senhor e nunca para homem; “ Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre, receberá do Senhor todo bem que fizer”. 25 de Junho e 13 de Julho 1723

63. Supondo que nunca existiu nenhum indivíduo neste mundo, em nenhuma época do tempo, que nunca haja vivido uma vida cristã perfeita em todos os níveis e possibilidades, tendo o Cristianismo sempre brilhante em todo o seu esplendor, e parecendo excelente e amável, mesmo sendo essa vida observada de qualquer ângulo possível e sob qualquer pressão, eu resolvi agir como se pudesse viver essa mesma vida, mesmo que tenha de me esforçar no máximo de todas as minhas capacidades inerentes e mesmo que fosse o único em meu tempo. 14 De Janeiro e 3 de Julho de 1723

64. Resolvi que quando experimentar em mim aqueles “gemidos inexprimíveis”, Romanos 8:26, os quais o Apóstolo menciona e dos quais o Salmista descreve como, “ A minha alma se consome de anelos por tuas ordenanças a todo o tempo ”, Salmos 119:20, que os promoverei também com todo vigor existente em mim e que não me “cansarei” (Isaías 40:31) no esforço de dar expressão a meus desejos tornados profundos nem me cansarei de repetir esses mesmos pedidos e gemidos em mim, nem de o fazer numa seriedade contínua. 23 De Julho e 10 de Agosto de 1723

65. Resolvi que, me tornarei exercitado em mim mesmo durante toda a minha vida, com toda a franqueza que é possível, a sempre declarar meus caminhos a Deus e abrir toda a minha alma a Ele: todos os meus pecados, tentações, dificuldades, tristezas, medos, esperanças, desejos e toda outra coisa sob qualquer circunstância. Tal como o Dr. Manton diz em seu sermão nº 27, baseado no Salmo 119. 26 De Julho e 10 de Agosto, 1723

66. Resolvi que, sempre me esforçarei para manter e revelar todo o lado benigno de todo semblante e modo de falar em todas as circunstâncias de toda a minha vida e em qualquer tipo de companhia, a menos que o dever de ser diferente exija de mim que seja de outra maneira.

67. Resolvi que, depois de situações aflitivas, avaliarei em que aspectos me tornei diferente por elas, em quais aspectos melhorei meu ser e que bem me adveio através dessas mesmas situações.

68. Resolvi confessar abertamente tudo aquilo em que me acho enfermo ou em pecado e também confessar todos os casos abertamente diante de Deus e implorar a necessária condescendência e ajuda dele até nos aspectos religiosos. 23 de Julho e 10 de Agosto de 1723

69. Resolvi fazer tudo aquilo que, vendo outros fazerem, eu possa haver desejado ter sido eu a fazê-lo. 11 de Agosto de 1723

70. Que haja sempre algo de benevolente toda vez que eu fale. 17 De Agosto, 1723
Explosão em igreja na Ucrânia pode ter sido ato terrorista

UCRÂNIA (*) - A polícia de Kiev, na Ucrânia, afirmou nesta quinta-feira que a explosão de uma bomba em uma igreja ortodoxa ocorrida ontem pode ter sido um ato de terrorismo. Uma mulher de 80 anos morreu e outras nove pessoas ficaram feridas no incidente, que ocorreu em Zaporizhzhya, no sul do país. As informações são da agência russa Interfax.

"Estamos considerando todos os possíveis motivos, começando com questões internas e terminando com a possibilidade de um ato terrorista que visaria intimidar os fiéis da Catedral de Intercessão", afirmou o porta-voz do Ministério do Interior ucraniano, Dmitry Andreуev. Segundo Andreуev, foi confirmado que a explosão, que ocorreu perto da entrada da igreja, foi provocada por uma bomba caseira.

A explosão aconteceu no dia em que a Ucrânia celebra o aniversário de sua conversão ao Cristianismo, em 988. Segundo a imprensa local, a idosa que morreu no incidente era uma freira que chegou a ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.




* Este país não se enquadra entre os 50 mais intolerantes ao cristianismo.
Fonte: Terra
Jovem cristão é preso por possuir um exemplar do Novo Testamento

IRÃ (2º) - Um cristão iraniano está sendo mantido na prisão de Evin somente por possuir uma Bíblia.

O fato foi revelado pelo pai de Ali Golchin, em uma conversa telefônica com a rádio Voice of America (VOA).

O pai de Ali contou que a única razão de seu filho estar na prisão é porque encontraram um Novo Testamento em sua casa, e ele ficou surpreso com o fato de que possuir uma Bíblia é compreendido como um crime grave.

De acordo com a Farsi Christian News Network (FCNN), Ali Golchin, um químico de 29 anos, foi preso na cidade de Varamin, ao sul de Teerã, e está na solitária há mais de dois meses. Ali é um cristão de língua farsi, e trabalha na Igreja local.

A FCNN disse que Ali foi submetido a duros interrogatórios durante esse período. A família de Ali está sendo ameaçada pelo governo, e alertada a não possuir um advogado ou entrar em contato com organizações internacionais. Ali ainda não foi acusado de nenhum crime.

A rádio Voice of America (VOA) realizou uma entrevista telefônica com o pai de Ali, Mohsen Golchin.

O representante da VOA começou perguntando a Mohsen sobre as circunstâncias envolvendo a prisão de seu filho.

“Meu filho foi preso no dia 29 de abril de 2010. A razão de sua prisão foi a descoberta de um Novo Testamento no porão de nossa casa. Foi por isso que eles o prenderam. Eu sou cristão, e meu filho nasceu em uma família cristã. Eu quero saber por que é crime possuir um Novo Testamento. Os oficiais do governo revistaram minha casa e, além do Novo Testamento, ainda levaram outros livros pessoais”.

“As únicas informações que tenho sobre meu filho é que ele está sofrendo de solidão, e ainda é mantido longe dos outros prisioneiros, em uma solitária. Durante esses meses, só pude visitá-lo por 10-15 minutos”, conta Mohsen.

“Eu não sabia que possuir uma Bíblia era um crime no Irã, mas as autoridades nos acusaram de tentar converter muçulmanos através da distribuição de Bíblias, o que é considerado crime. Eu expliquei que essas Bíblias não eram para distribuir nas ruas, somente para presentear os membros da Igreja”.

“Não pudemos pedir um advogado, já que meu filho não foi formalmente acusado de nada. No entanto, ele foi submetido a diversos interrogatórios”.

“Espero que o Ministro da Justiça se coloque em meu lugar. Meu filho é inocente. Ele não se envolveu em nenhum problema político ou ilegal. Nossa religião é sancionada no país e queremos tolerância e respeito.”


Tradução: Missão Portas Abertas
Cristãos são agredidos após visita de oração

ÍNDIA (26º) - Um grupo de radicais hindus tacaram um evangelista e um cristão que viajava com ele durante uma visita ministerial na terça-feira, 20 de julho de 2010, no vilarejo de Balaghat, em Madhya Pradesh, Índia.

De acordo com o site da Global Council of Indian Christians, o incidente ocorreu quando o evangelista Mahendra Kharole, 20, e o cristão Munshi Prasad Bahe, 30, iam orar por uma família do vilarejo.

Enquanto eles voltavam para casa, por volta das 23h30, seis pessoas em bicicletas os pararam e os acusaram de converter pessoas à força.

A agência de notícias relata que os radicais hindus começaram a golpear os cristãos.

Munshi Prasad Bahe ficou inconsciente após um ferimento na cabeça, e Mahendra Kharole feriu sua mão direita.

Os cristãos registraram uma queixa contra os agressores na delegacia mais próxima.

Tradução: Missão Portas Abertas
Cristão é sequestrado

IRAQUE (17º) - Um grupo de homens armados sequestraram um cristão na noite passada em Kirkuk. Fontes locais afirmam que Yonan (Jonas) Daniel Mammo, 50, estava fechando seu escritório na vizinhança de Almas, quando três homens armados saíram de uma BMW e o levaram.

Mammo é casado e tem duas filhas. Ele não é rico, mas trabalha em uma casa de câmbio. Depois de seu sequestro, ele ligou para sua esposa, dizendo que os sequestradores queriam resgate.

Louis Sako, arcebispo de Kirkuk, entrou em contato com outros líderes religiosos na cidade e com o governo.

A violência contra os cristãos estão ficando muito frequentes no país, como resultado da falta de autoridade do governo. Já se passaram quatro meses das eleições parlamentares, e os partidos iraquianos ainda não formaram um novo governo.

“O país está em trevas, e nessas situações, os grupos criminosos ficam mais e mais fortes”.

Na semana passada, um homem turco e seu filho foram assassinados. “Para os cristãos iraquianos, testemunhar e demonstrar sua fé significa se tornar um mártir”.


Tradução: Missão Portas Abertas

sábado, 24 de julho de 2010

Os filhos do lixo-Qual Brasil merecemos? Leia ao lado

Coreia do Norte

Hoje é domingo. Você vai à Igreja?

Apelo Missionário

OREM PELAS NAÇÕES

HAITI, UMA NAÇÃO QUE SE PROSTOU DIANTE DE DEUS

Missões Evangélicas - Perseguição e Morte aos Cristãos

Cristãos são mortos em tribunal sob falsa acusação de blasfêmia

PAQUISTÃO (14º) - Atiradores mataram dois cristãos paquistaneses, Rashid Emmanuel, 36 anos, e seu irmão mais novo Sajid Emmanuel, 30 anos, os quais haviam sido acusados de blasfêmia contra o Islã, enquanto eles saíam do tribunal na segunda-feira (19 de julho de 2010), na cidade de Faislabad.

O ataque aconteceu durante o retorno dos dois à prisão. Os irmãos foram acorrentados juntos após o seu julgamento no tribunal.

Rashid e Sajid Emmanuel administravam o “United Ministries Pakistan” nos últimos dois anos em Daudnagar, próximo á colônia cristã Warispura, da cidade de Faisalabad.

A dupla foi acusada por Khurram Shahzad, um homem muçulmano, de colar pôsteres supostamente blasfemos em uma parada de caminhões em Faisalabad.

Segundo Walter Naveed dos Direitos Humanos Paquistaneses, os dois cristãos “blasfemadores” foram mortos a tiros nas dependências do tribunal. Ele revelou que um dos irmãos morreu no local e o outro foi baleado fatalmente e morreu no hospital.

Naveed disse que um oficial de polícia, que escoltava os dois irmãos, também foi baleado.

A agência Assist News Service (ANS) descobriu que os corpos dos falecidos foram levados para o Hospital Allied em Faisalabad para uma autópsia.

A ANS tem recebido relatórios de ativistas de direitos dos cristãos em Faisalabad que os muçulmanos tem exigido a morte de cristãos.

O assassinato desses dois irmãos aumentou a tensão dos cristãos que residem em Faisalabad.

Naveed disse que milhares de cristãos se reuniram em frente a casa dos falecidos.

A ANS teme que o pavoroso assassinato desses dois irmãos poderá incitar os protestos furiosos dos cristãos de Faisalabad.

“Eles (os cristãos) estão escandalizados com as mortes. A situação aqui está muito tensa e altamente volátil,” Naveed informou à ANS.

Os cristãos realizaram demonstrações de protesto na cidade paquistanesa de Sialkot em setembro de 2009 quando Robert, cujo apelido é Fanish, um jovem cristão, foi morto supostamente enquanto estava sob custódia policial.

A morte dos cristãos nas dependências do tribunal em Faisalabad na segunda-feira recorda o assassinato de Manzoor Masih, um cristão acusado de blasfêmia, o qual foi baleado no tribunal da cidade paquistanesa de Gujranwala em 5 de abril de 1994.

Sohail Johnson do “Sharing Life Ministry Pakistan” criticou a falta de segurança para os dois irmãos cristãos que foram mortos a tiros na segunda-feira.

As minorias religiosas do Paquistão, inclusive os cristãos, tem pedido a anulação das controversas leis sobre blasfêmias do Paquistão.

O parlamento europeu aprovou uma resolução sobre liberdade religiosa no Paquistão em 29 de maio de 2010. A resolução exigia uma “profunda revisão" das leis sobre blasfêmia.


Tradução: Isabela Paiva Siqueira
ristãos mortos em tribunal seriam inocentados

PAQUISTÃO (14º) - O funeral de Rashid Emmanuel, 36, e de Sajid Masih Emmanuel, 30, mortos nesta segunda-feira, foi realizado na manhã de ontem em Faisalabad. Os dois irmãos cristãos foram executados em frente ao tribunal, após a audiência que os acusava de blasfêmia. As mortes provocaram conflitos violentos entre cristãos e muçulmanos no subúrbio de Warispura e Dawoodnagar, e as tensões continuam altas.

Fontes locais afirmam que foi declarado “estado de emergência” em Faisalabad, em uma tentativa de conter a violência. Compara-se a violência aos ataques de Gojra, em julho de 2009, em que dezenas de casas foram incendiadas.

Os corpos dos dois cristãos foram levados do hospital Allied Faisalabad, onde realizou-se uma autópsia. O funeral foi realizado às 8h, na presença de representantes da comunidade cristã e ativistas de direitos humanos. O assassinato de Sajid e Rashid relembra a morte de Manzoor Masih, um cristão acusado de blasfêmia, morto próximo a um tribunal em 5 de abril de 1994.

Nos últimos dois anos, Sajid e Rashid Emmanuel foram líderes da “United Ministries Pakistan”. Eles foram acusados por Khurram Shahzad, um homem muçulmano, de colar pôsteres supostamente blasfemos em uma parada de caminhões em Faisalabad. Na verdade, a polícia iria inocentar os cristãos, pois a letra utilizada nos pôsteres não coincidia com as dos cristãos.

A lei de blasfêmia – aplicada no Paquistão pelo ditador Zia ul-Haq em 1986 – é novamente utilizada como pretexto para a execução de cristãos inocentes.


Tradução: Missão Portas Abertas
Pastor perde sua liberdade duas vezes

LAOS (9º) - Kye perdeu sua liberdade em 2000, por causa de sua fé em Cristo. Enquanto ele estava na prisão, os cristãos de seu vilarejo foram pressionados a renunciar sua fé, ou perderiam suas terras e meio de sustento. Seu ministério na província onde ele morava cresceu para 500 membros enquanto ele estava na prisão.

Mas a prisão só serviu para aumentar o compromisso de Kye em fazer Deus conhecido em sua região. Após quase quatro anos na prisão, ele voltou para sua casa e para sua igreja. Seu sogro, um dos chefes do vilarejo, não ficou muito feliz com isso. Ele nunca aprovou a nova religião de Kye.

Insatisfeito com a retomada das atividades cristãs de Kye, o chefe do vilarejo pediu que o pastor se mudasse para outro lugar. Em junho de 2006, Kye, sua esposa e seus dois filhos arrumaram as malas e foram embora. O sogro o alertou sobre possíveis problemas se ele retornasse ao vilarejo. Dessa vez, a fé de Kye lhe custou sua casa e igreja.

Kye e sua família se estabeleceram em uma nova província, e fundaram uma igreja no local. Em poucos anos, 50 pessoas aceitaram a Cristo, e juntas, cultuavam a Ele todos os domingos. Ele participou de um treinamento, e se tornou um pastor melhor.

No entanto, a perseguição confrontou Kye novamente, quando em 2009, ele e seu sobrinho retornaram para o antigo vilarejo, para acertar a mudança de seu irmão para sua casa. Assim que ele chegou no vilarejo, as autoridades o prenderam. Ele e o sobrinho foram acusados de propagar o cristianismo, ideologia considerada sedutora no Laos.

Os dois cristãos não puderam receber vistas, nem mesmo de sua família. Certa vez, o irmão de Kye foi levar arroz, mas só pode ver o pastor de longe. A condição física de Kye era desconhecida, até que ele conseguiu fazer uma ligação para sua esposa:

“A polícia nos algemou à parede. Não podíamos sentar, deitar, ou usar o banheiro. Não podíamos dormir. No dia seguinte, fomos levados para um pequeno vilarejo. A polícia cavou um pequeno buraco e nos jogou lá, ainda algemados. Ficamos lá durante um mês. A polícia queria manter nossa prisão em segredo. O que eu estou passando aqui é pior do que quando estive na prisão”.

Como não havia um processo contra os cristãos, eles foram liberados em 2010.


Tradução: Missão Portas Abertas

segunda-feira, 19 de julho de 2010

O Caminho para o lar

Aqui estão os elementos chaves pelos quais nos reconciliamos com o Pai. Todos e cada um deles são vitalmente importantes. Se apenas um somente estiver ausente, poderá impedir nosso relacionamento de ser totalmente completo.

Nossa condição: Em primeiro lugar precisamos entender que nós estávamos separados de Deus. O abismo que nos separa de Deus é largo e profundo. Herdamos por nascimento um defeito fatal. Como resultado disso, nós vivemos nossas vidas independentes Dele. A Bíblia destaca esta realidade desoladora: “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3:23). Se não podemos aceitar o fato de que o pecado nos separa de Deus, nunca chegaremos a um lugar, porque não sentiremos a necessidade de um Salvador.

O remédio de Deus: Em segundo lugar, necessitamos ter uma compreensão muito clara de quem é Jesus, e o que Ele fez por nós, de maneira que possamos com toda confiança por nossa fé em Jesus. Ele se fez como ponte entre o abismo que nos separava de Deus. Nas palavras do apóstolo João: “Por que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

Jesus não foi somente um homem bom, um grande mestre, um profeta inspirado. Ele veio a terra como o Filho de Deus. Nasceu de uma mulher virgem. Teve uma vida sem pecado. Ele morreu. Foi sepultado. Ressuscitou no terceiro dia. Subiu aos céus onde tornou se Nosso Senhor.

A morte de Jesus e ressurreição em nosso favor satisfez as exigências de Deus: uma provisão completa para eliminar nosso pecado. Este Jesus, e somente Ele, esta qualificado para ser o remédio para o nosso pecado.
O arrependimento - pessoal é vital no processo de transformação. Arrependimento literalmente significa “uma mudança na maneira de pensar.” Consiste em dizer ao Pai: “Quero estar contigo e longe da vida que levava independente de Ti. Eu peço perdão pelo que tenho sido e o que tenho feito, quero mudar de maneira permanente. Eu recebo o perdão por meus pecados.”

Neste ponto, são muitos os que experimentam uma notável “purificação” de coisas que haviam acumulado por toda uma vida, todas elas capaz de degradar a alma e o espírito de uma pessoa. Sentimos ou não o perdão de Deus, se nos arrependemos, podemos ter a segurança total de que estamos perdoados. Nossa confiança é baseada na promessa de Deus, e não como sentimos.

Alcançamos uma relação pessoal com o Senhor quando tomamos a maior decisão da vida – o ponto critico que nos referimos anteriormente. Esta decisão consiste em crer que Jesus é o Filho de Deus, aquele que morreu por nossos pecados, que foi sepultado e ressuscitou da morte – e como conseqüência o recebemos como Senhor e Salvador. Quando cremos desta forma, nos tornamos filhos de Deus. Esta prometido expressamente no evangelho de João: “Mas a todos quantos o receberam, aos que crêem em seu nome, deu lhes o direito de ser filhos de Deus” (João 1:12).

Você quer receber a Jesus Cristo como seu Salvador? Se você desejar pode fazer esta oração:

“Senhor Jesus, eu preciso de Ti. Eu me arrependo da vida que tive longe de Ti. Obrigado por morrer na cruz para pagar o preço por meus pecados. Eu creio que és o Filho de Deus e agora eu te recebo como meu Senhor e Salvador. Eu consagro minha vida a te seguir.” ·

Você fez esta oração?

o maior crime da história

O maior crime da história e o maior gesto de amor do mundo
Entenda como o amor gratuito de Deus trouxe a salvação ao homem por meio da cruz de Cristo

“Ele, que foi entregue pelo conselho determinado pela presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o pelas mãos de ímpios.” (At 2.23.)

O processo que culminou na sentença da morte de Jesus estava eivado de muitos e gritantes erros. As autoridades judaicas tropeçaram nas suas próprias leis e atropelaram todo o processo no mais importante julgamento do mundo. Tanto a sua prisão no Getsêmani como seu interrogatório diante do Sinédrio revelaram grandes deficiências na condução do processo. Na verdade, as autoridades já haviam decidido matar Jesus antes mesmo de interrogá-lo (Mc 14.1; Jo 11.47-53). Elas haviam decidido fazer isso depois da festa da Páscoa, para evitarem uma revolta popular (Mc 14.2). A atitude de Judas de entregar Jesus, porém, adiantou o intento deles (Mc 14.10,11). O processo, assim, não passou de um simulacro de justiça desde o princípio até o fim, pois não tinha outra finalidade senão dar uma aparência de legalidade ao crime já predeterminado. As leis judaicas não permitiam um prisioneiro ser interrogado pelo Sinédrio à noite. No dia antes de sábado ou de uma festa, todas as sessões estavam proibidas. Nenhuma pessoa podia ser condenada senão por meio do testemunho de duas testemunhas, mas eles contrataram testemunhas falsas. O anúncio de uma pena de morte só podia ser feito um dia depois do processo. Nenhuma condenação podia ser executada no mesmo dia, mas eles sentenciaram Jesus à morte durante a noite e logo cedo o levaram a Pilatos para que este lavrasse sua pena de morte. A reunião do Sinédrio que sentenciou Jesus à morte foi ilegal, uma vez que ocorreu à noite, e o método usado também foi ilegal, visto que eles ouviram testemunhas contra Jesus. John Stott, em seu livro A cruz de Cristo, diz que Jesus passou por dois julgamentos: um eclesiástico e outro civil. O primeiro aconteceu nas mãos dos judeus; o segundo, nas mãos dos romanos. No tribunal judaico, apresentou-se uma acusação teológica contra Jesus: blasfêmia. No tribunal romano, a acusação era política: sedição. Os judeus o acusaram por se identificar como Filho de Deus, e os romanos o acusaram por se identificar como rei dos judeus. Assim, acusaram Jesus de delito contra Deus e contra César. Tanto no tribunal judaico como no romano, seguiu-se certo procedimento legal: 1) a vítima foi presa; 2) a vítima foi acusada e interrogada; 3) chamaram-se testemunhas; 4) então, o juiz deu o seu veredicto e pronunciou a sentença. Mas Jesus não era culpado das acusações, as testemunhas eram falsas, por isso a sentença de morte foi um horrendo erro judicial.
Tanto o julgamento judaico quanto o romano tiveram três estágios. O julgamento judaico foi aberto por Anás, o antigo sumo sacerdote (Jo 18.13-24). Em seguida, Jesus foi levado ao tribunal pleno para ouvir as testemunhas (Mc 14.53-65), então, na sessão matutina do dia seguinte, para o voto final de condenação (Mc 15.1). Jesus foi, então, enviado a Pilatos (Mc 15.1-5; Jo 18.28-38), que o enviou a Herodes (Lc 23.7-12), que o mandou de volta a Pilatos (Mc 15.6-15; Jo 18.39-19.6). Pilatos atendeu ao clamor da multidão e entregou Jesus para ser crucificado. É importante ressaltar, porém, que Jesus foi para a cruz não apenas porque os judeus o entregaram por inveja, ou porque Judas o traiu por dinheiro, nem mesmo porque Pilatos o condenou por covardia. Cristo foi para a cruz porque o Pai o entregou por amor (Rm 8.32). Cristo foi para a cruz porque ele se entregou a si mesmo por nós voluntariamente (Jo 10.18; Gl 2.20), não levando em conta a ignomínia da cruz pela alegria que lhe estava proposta, a alegria de conquistar-nos com seu amor e salvar-nos por sua graça (Hb12.2). Destacamos três verdadeiras preciosas sobre a morte de Cristo:

1. Ela foi decidida na eternidade, e não no tempo (Ap 13.8).
A morte de Cristo não foi um acidente; foi uma agenda. A cruz estava incrustada no coração de Deus antes de ser erguida no Gólgota. O Cordeiro de Deus foi morto desde a fundação do mundo. Na mente e nos decretos de Deus, a morte de Cristo já estava lavrada desde a eternidade. Cristo não foi arrastado à força para a cruz; ele nasceu para morrer (Jo 12.27). Ele caminhou para a cruz como um rei caminha para a sua coroação. Na sua morte, Cristo estava glorificando tanto a si mesmo (Jo 12.23) como ao Pai (Jo 17.1). O menino da manjedoura estava destinado a ser o homem de dores da cruz.

2. Ela foi voluntária, e não constrangida (Gl 2.20).
Jesus não foi preso; ele se entregou. Jesus não foi apanhado pela força dos soldados; ele se entregou (Jo 18.4-8). Ninguém tirou sua vida; ele espontaneamente a deu (Jo 10.18). Ele nos amou e a si mesmo se entregou por nós (Gl 2.20). Não foram os homens maus que estiveram no controle da situação quando ele suportou o suplício da cruz. Ele mesmo se rendeu, e o Pai mesmo o feriu (Is 53.1-12). Afirmamos, portanto, alto e bom som, que não foram os sacerdotes, nem Judas, nem Pilatos, nem mesmo os soldados que levaram Cristo à cruz, mas foi o Pai que entregou por amor (Rm 8.32)!

3. Ela foi vicária, e não um martírio (1Co 15.3).
Cristo não morreu como um mártir; ele morreu como redentor da humanidade (1Co 15.3). Ele morreu para salvar todo aquele que nele crê. Ele morreu como nosso fiador e representante. Ele morreu como Cordeiro substituto. Ele suportou o castigo que nos traz a paz. Ele morreu a nossa morte para nos dar a sua vida. Sua morte satisfez plenamente as demandas da lei e da justiça divina. Ele morreu morte vicária, para nos dar a vida eterna.

Pr. Hernandez D. Lopes

sexta-feira, 2 de julho de 2010