domingo, 19 de setembro de 2010

o terceiro templo

Autoria / Fonte: Richard D. Jones
Quando e onde será construído o novo templo em Jerusalém? O primeiro templo de Israel foi construído pelo seu rei Salomão no cume do monte Moriá (2 Crônicas 3:1), tradicionalmente conhecido como o monte onde Abraão havia oferecido e quase sacrificado seu filho Isaque como oferta ao Senhor (Gênesis 22:2). Foi solenemente inaugurado por Salomão em aproximadamente 950 a.C. (1 Reis 7 e 8), mas destruído completamente até os alicerces em 586 a.C. por Nebuzaradã, chefe da guarda e servidor do rei Nabucodonozor da Babilônia (2 Reis 25:8-17, 2 Crônicas 36:15-19). O segundo templo foi construído por Zerubabel, descendente de Davi e neto piedoso do ímpio rei Jeconias (ou Joaquim) de Judá. As obras foram iniciadas em 525 a.C. por ordem de Ciro, rei da Pérsia (Esdras 1:2-4), sobre o local onde fora construído o templo de Salomão (Esdras 2:68), ficando o edifício pronto em 516 a.C., quando foi consagrado ao Senhor (Esdras 6:15). No decorrer do tempo ele foi dilapidado pela ação dos inimigos e parcialmente arruinado por falta de manutenção.
Quase exatamente cinco séculos depois, o rei fantoche Herodes, um edumeu nomeado pelos romanos, ofereceu-se para restaurar o templo a fim de agradar o povo. Sendo aceita a sua oferta, ele iniciou as obras de restauração em 18 a.C. desenvolvendo um projeto altamente pretensioso e dispendioso, em uma escala muito maior do que o templo original. O edifício principal foi terminado em dez anos, mas Herodes e seus sucessores ampliaram muito a área circundante com aterros, muros de pedra e edificações, e a restauração só foi considerada como concluída 83 anos mais tarde, no ano 65 DC. Este foi o templo existente quando o Senhor Jesus esteve na terra, muito admirado pelos discípulos (Marcos 13:1, Lucas 21:5).
Passados apenas cinco anos depois de terminado, o templo e as outras construções no monte foram totalmente destruídos pelos romanos, junto com a cidade de Jerusalém. Os muros foram em grande parte danificados no tempo das cruzadas. Restou uma parte conhecida como o “muro das lamentações”, onde os judeus costumam fazer as suas preces já há muito tempo, sendo hoje também uma atração turística.
Os judeus se espalharam pelo mundo afora, tendo perdido não só a sua capital, mas todo o seu território. Algumas famílias e pequenos grupos começaram a voltar em fins do século 19, formando pequenas colônias agrícolas, os “kibutzes”. Em 1948 Israel foi reconhecido como país pelas Nações Unidas, ocupando uma fração do que era o reino de Israel no tempo do rei Davi. Após muita hostilidade por parte das nações vizinhas, tendo elas sido vencidas numa guerra de seis dias por Israel, o país tem tido alguma estabilidade até agora.
Alguns judeus têm se convertido a Cristo, e se reúnem livremente como igrejas pelo país, mas a maioria do povo está longe de Deus, sendo ateus ou praticando o judaísmo em sinagogas de diferentes seitas. No entanto está havendo um crescente movimento iniciado por alguns rabinos, para reunir todos dentro da observância da lei de Moisés, adaptada às circunstâncias modernas.
Um sinédrio foi formado em outubro de 2006 em Tiberias, onde o antigo sinédrio se reuniu pela última vez 1.600 anos atrás. Ele se reúne uma vez por mês em Jerusalém, e formou uma comissão de sete rabinos, sendo um deles, Meir Kahane, o rabino do grupo Novo Israel da Cidade Velha de Jerusalém. Kahane dirige um estudo detalhado dos rituais e cerimônias do templo, e um catálogo de todos os sacerdotes em Israel (é notável que, de todas as tribos de Israel, a de Levi, que é a dos sacerdotes, é a única que se mantém perfeitamente identificável pelos sobrenomes Levi, Levy, Levine, Leventhal, Levinson, Cohen e outros semelhantes).
Foi noticiado que, em uma das suas últimas reuniões, este sinédrio decidiu levantar ofertas para um fundo de construção do terceiro templo. “Temos um desejo profundo de adorar a Deus no Santo Templo outra vez” disse o rabino Yoseph Elboim, co-iniciador de uma recente reunião de cúpula extraordinária em Jerusalém visando o templo. “Oramos três vezes ao dia para que Deus nos deixe adorar no santo Monte do Templo novamente, como nos tempos bíblicos. Queremos acender o candelabro no templo duas vezes ao dia e queimar incenso a Deus. Estes são mandamentos divinos, e precisamos nos preparar para cumpri-los.” Houve um jantar festivo em Jerusalém com cerca de mil pessoas, entre elas rabinos, professores e cristãos, todos residentes em Israel e tendo como objetivo a construção do terceiro templo.
Com duas mesquitas situadas sobre o Monte do Templo, considerado o terceiro lugar mais sagrado dos islâmicos, a reconstrução do templo parece estar longe da realidade política de hoje. Mas Elboim disse: “Quando vejo Deus reunindo Seu povo novamente depois de dois mil anos na diáspora e guiando-os para casa, a reconstrução do terceiro templo me parece muito mais próxima”. Não se sabe o exato lugar onde foram construídos os dois primeiros templos no Monte do Templo, havendo opiniões divergentes a respeito. Seria necessário fazer escavações para verificar com certeza, e elas são atualmente proibidas.
Embora as Escrituras Sagradas se mantenham silenciosas sobre os detalhes do terceiro templo, sabemos que estará em uso, com o sacrifício e a oferta de manjares, antes do meio do período de sete anos da tribulação, pois nessa ocasião o governante que virá, que conhecemos como o Anticristo, fará cessar o sacrifício e a oferta (Daniel 9:27). Outras passagens bíblicas, também concernentes ao meio do período da tribulação, indicam que o terceiro templo estará em funcionamento nessa oportunidade: Mateus 24:15, 2 Tessalonicenses 2:3-4, Apocalipse 11:1-2.
A sua construção terá lugar, portanto, algum tempo antes do meio da tribulação, e provavelmente já terá sido planejada em todos os seus detalhes antes do início da tribulação. Notemos que esse terceiro templo não é o templo do milênio que se seguirá ao fim da tribulação: o templo do milênio será construído por Cristo, e será a sede do governo mundial (Isaías 2:2-4, Ezequiel 43:7, 48:35, Daniel 2:44-45, 7:13-27, Zacarias 6:12-13,14:8-9, Apocalipse 11:15). Todo o território em que Jerusalém se encontra atualmente será elevado para formar uma grande montanha, que virá a ser a mais alta no mundo.
O terceiro templo agora desejado pelos judeus não será aceito por Deus como sendo Seu: “Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra, o escabelo dos meus pés. Que casa me edificaríeis vós? E que lugar seria o do meu descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas estas coisas foram feitas, diz o SENHOR; mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito e que treme diante da minha palavra.” (Isaías 66:1,2).
O Senhor está através deste texto rejeitando a construção de um novo templo por mãos de homens. Não se trata dos dois primeiros templos, pois ambos foram aprovados por Ele. Não se trata do templo do milênio, pois esse será construído pelo seu próprio Filho. Só pode ser o terceiro templo.
No dia em que o Senhor Jesus foi crucificado, o véu do segundo templo foi rasgado de alto a baixo, figura clara de que o único Cordeiro verdadeiro que tira o pecado do mundo havia sido sacrificado, eliminando a validade dos sacrifícios e ofertas feitos no templo em antecipação à Sua vinda. A destruição do segundo templo pelos romanos, profetizada pelo Senhor Jesus, acabou com todos os seus vestígios (Marcos 13:2).
O templo sendo construído por Deus na atualidade é a igreja de Cristo (1 Coríntios 3:16), onde a adoração se faz em espírito e em verdade ( João 4:21-24) pelo pobre e abatido de espírito e que treme diante da Palavra de Deus, conforme essa profecia de Isaías.
É encorajador saber que é previsto para breve a construção do terceiro templo: é outro sinal que a vinda do Senhor para arrebatar a Sua igreja já está bem próxima!

Richard D. Jones

noticias do campo missionário

ALBERTO ESPIGARI TRINCK
... Servos de Jesus Cristo pela vontade de Deus Pai, aos amados irmãos em Cristo, saudações no nome que é sobre todo o nome! Por meio desta comunicamos aos irmãos o recebimento da oferta depositada em nossa conta no dia 15/9. Louvamos a Deus pelo vosso ministério! Muito obrigado irmãos! Que o Senhor em Sua infinita graça vos conceda sempre abundantemente tudo que necessitais, recompensando-vos por este ato generoso e de grande importância para a obra de Deus. Nós, graças a Deus, vamos bem e como sempre animados em fazer o trabalho que o Senhor tem colocado em nossas mãos. Faz 34 anos que estamos servindo ao Senhor em tempo integral, graças a Deus sempre fomos muito bem assistidos por Ele através de irmãos e igrejas fiéis ao Senhor. O anseio do nosso coração é levar pessoas a conhecer a Salvação em Cristo e edificar a Sua igreja, dedicamo-nos a isto com muito empenho, visitando, pregando nas igrejas, distribuindo literatura, escrevendo livretos, redigindo o nosso periódico evangélico Jesus o Bom Pastor. Assim tem sido a nossa vida! Que alegria poder estar servindo ao Senhor ainda que dentro de nossas limitações. Tivemos o privilégio neste mês de estar com os irmãos em Penha do Capim-MG, como o irmão Samuel e a Línea iam comigo, fomos de carro, foi uma viagem longa, mas muito prazerosa. Saímos de Londrina no dia primeiro, deixamos Línea com seu pai em Ribeirão Preto-SP, prosseguindo nossa viagem até Araxá-MG, onde mora meu filho Melchisedeck, a fim de passarmos a noite ali. Foi um prazer chegar a tempo de nos reunirmos com os irmãos em Araxá, era uma quarta-feira e mesmo assim houve uma reunião muito bem frequentada. O jovem Samuel que tem recentemente dedicado sua vida à obra do Senhor trouxe a Palavra. No dia imediato seguimos viagem com destino a Penha do Capim, mas um pequeno acidente com o carro nos levou a parar em Governador Valadares, onde depois de longos anos pude me encontrar com irmãos tão amáveis, ali chegando percebemos que esta era sem dúvida a vontade do Senhor. Naquela noite nos reunimos com a igreja de Vila Bretas, local onde estávamos hospedados. Em Penha do Capim os irmãos realizaram o que é chamado de Encontro de Música Sacra, embora fosse um encontro desta natureza, eles tiveram o prazer de ter um bom tempo para a Palavra, o que foi muito importante também. As reuniões à noite eram realizadas num local publico, sempre havia um número muito significativo de frequentadores e as mensagens eram evangelísticas, o que foi muito bom. Durante o dia havia reuniões na casa de oração para estudos da Palavra, eu apreciei muito a atenção dada a Palavra, foi sem dúvida um tempo precioso para nós, tanto em ouvir os hinos que na sua maioria falava sobre a vida, paixão e morte de nosso Senhor, como também na doce comunhão entre os irmãos, tudo isso foi muito bom. Louvado seja o nosso grande Deus! Graças a Deus os trabalhos aqui vão indo bem, domingo foi a nossa reunião juntos, desta feita no Leonor, e foi um tempo precioso na presença do Senhor e na comunhão com os amados irmãos. Ontem à noite (14/9) fomos para o Jardim Maracanã, foi uma boa reunião com vários descrentes, alguns que vieram do Sítio Aparecida. Estamos orando pela conversão deles. Finalizamos enviando nossos abraços com toda a nossa gratidão. De vossos irmãos e companheiros na obra de Deus ... (15/09/2010).

AMILTON CARDOSO BERNARDO
... Estimados irmãos e irmãs em Cristo, agradecemos as vossas orações a nosso favor e em especial ao Amilton. Ele teve alta hospitalar ontem (16/9) e se encontra nas instalações do ABRILAC, em São Caetano do Sul, onde daremos ênfase à fisioterapia para que ele recupere o movimento das pernas, para poder andar. Ele ainda está sem sentir a parte inferior e nem tem possibilidade de andar, fala pouco, algumas vezes confuso, e a memória presente está fraca, ele se alimenta normalmente. Contamos com a continuação das vossas ORAÇÕES nesta nova fase. Um grande abraço, em Cristo Jesus, Adriana K. C. Bernardo, São Paulo-SP, ... (17/09/2010).

ELISEU ASSIS DA SILVA
... Amados, primeiramente agradecemos ao nosso Poderoso Deus por essa porta de comunicação que Ele abriu para compartilharmos uns com os outros as nossas necessidades. Desde o início do ano passado venho (Ester) sentindo muitas dores. No início os médicos foram me encaminhando para especialistas em urologia e nefrologia e estando tudo normal com os rins, que era a região onde as dores se intensificavam, me encaminharam para um ortopedista que, ao constatar um problema congênito, me encaminhou para sessões de fisioterapia. Cada vez que eu fazia uma sessão mais eu sentia dor, então fui encaminhada a um neurocirurgião que me pediu alguns exames de ressonância. Ao levar o resultado ao médico, ele disse que além de alguns problemas que podem ser aliviados com tratamento como hidroterapia e hidroginástica, foram encontradas três hérnias de disco. Duas delas nem precisariam passar por cirurgia agora, mas tem uma que segundo o neurocirurgião não posso esperar muito tempo, pois está tão acentuada que está quase atingindo a medula. Não entendo muito sobre tudo isso, mas sei que o Senhor me conhece desde o ventre de minha mãe e confio que Ele usa os médicos por conhecerem o funcionamento do nosso corpo. Peço aos irmãos que OREM, pois a cirurgia será na coluna cervical, e humana que sou, ao receber essa notícia logo me veio preocupação, tristeza e lágrimas, mas agora, com o coração tranquilizado pelo Espírito Santo, sinto-me mais segura e confiante. OREM, por favor irmãos, para que eu consiga a cirurgia pelo SUS o quanto antes, para que essas dores, que não mais passam com analgésicos, nem injeções, possam ser aliviadas. Têm sido dias muito difíceis para mim, mas o Senhor me traz à memória: Não temas, Eu Sou contigo! Obrigada pela atenção e carinho de todos. Um abraço a todos! Juntos na Obra do nosso Deus, Ester de Oliveira Assis ... (16/09/2010).

ENOQUE MARQUES
... "Bendito seja o Senhor que, dia a dia, leva o nosso fardo! Deus é a nossa salvação" (Sl. 68:19). Amados, recebam a nossa gratidão e o nosso fraternal abraço! Somos gratos a Deus pelo vosso constante cuidado por nós e pela obra do Senhor! Muito obrigado amados irmãos! O trabalho do Senhor em Araxá continua, a igreja está empolgada por mais um ano do trabalho aqui, e também ansiosa pelas reuniões de conferências que se iniciarão no dia 17/9. Cremos que serão dias de grandes bênçãos para a igreja do Senhor. Os trabalhos desenvolvidos pela igreja, como cursos e estudos bíblicos continuam. É claro que Satanás não iria ficar quieto diante de um trabalho tão abençoado como este, e os irmãos diretamente envolvidos nestes trabalhos estão sendo vítimas de perseguições e discriminação religiosa. Já dissemos anteriormente que estes irmãos tinham sido elogiados por pais de alunos pela maneira como estavam conduzindo os seus filhos, não apenas no aprendizado profissional, mas também no temor de Deus. Neste tempo vieram os diretores que são testemunhas de Jeová, e proibiram os irmãos de falar sobre a Bíblia, e os irmãos então se limitaram a escrever um texto bíblico no quadro todos os dias. Agora foram novamente convocados pela diretoria, e mais uma vez foram ameaçados até de perderem os seus empregos, apesar de que eles não usavam o tempo de aula para pregar, mas responder as perguntas dos alunos nos intervalos, e então os convidavam para estudos bíblicos. Por favor, INTERCEDAM por Júlio Goulart, Ivanir e Pedro Henrique, que são professores no SENAI, e estão passando por esta perseguição e provação, eles estão cientes de que Deus está no controle de tudo, e esperam o desfecho com calma e confiança. Por favor, OREMOS por estes amados irmãos! Esta semana os jovens de nossa igreja, fizeram uma distribuição de literaturas e convites para as conferências em alguns bairros de nossa cidade. Estamos com boa expectativa que teremos bastantes pessoas não salvas para ouvir o Evangelho naqueles dias, OREM conosco a favor das nossas conferências! Reiteramos os nossos agradecimentos, e rogamos as mais ricas bênçãos de Deus sobre os amados irmãos. Seus irmãos e conservos no serviço do Mestre ... (15/09/2010).

JEREMIAS JOSÉ CÂNDIDO
... Meus queridos, saúdo-lhes no mais alto nome, o do Senhor Jesus Cristo. Estamos indo bem, pois com o Senhor tudo vai bem. Desejo que vocês estejam animados, confiando sempre nas promessas do Senhor Jesus (Jo.14:3). Meus amados, tenho enfrentado lutas sérias desde que precisamos assumir a casa de minha sogra e seu filho deficiente, já há seis anos estou bastante privado de viajar, ainda mais, que minha esposa não está bem de saúde, talvez passará por uma cirurgia. O tempo é de lutas em todos os sentidos, mas a maior luta é a espiritual, como falou o apóstolo em 2 Timóteo 3:1 e 4:3-4, mas somos exortados, como Timóteo o foi, no versículo 5, o que mais nos interessa cumprir o ministério que o Senhor nos deu, pois é coisa muito preciosa. A igreja está em luto, pois no dia 8/9 o Senhor levou a companheira do nosso amado irmão Elton Ribeiro, a saudosa irmã Lenira faleceu aos 63 anos incompletos, era sogra de um dos meus filhos, nos deixando muitas saudades, mas o Senhor que é o Deus de toda consolação é Quem está nos consolando (2Co.1:3-4). Um dia cessarão as lágrimas e as saudades de nossos entes que partiram com Cristo. A nossa irmã esteve conosco desde 1972, OREM pela igreja e família em luto. Lembranças e abraços cordiais em Cristo ... (13/09/2010).

JESUÉ DA SILVA ANDRADE
... Prezados irmãos e cooperadores do Boletim dos Obreiros, peço aos amados irmãos que OREM por nós, pois em meio às lutas que temos passado o Senhor está nos agraciando com uma maravilhosa bênção. Minha esposa, Claudete, está entrando na sexta semana de gestação e graças a Deus a sua gravidez está evoluindo normalmente. OREM para que o Senhor a abençoe para que a sua gestação continue a evoluir normalmente e para que Ele, na Sua infinita graça e misericórdia, nos dê sabedoria para criar esta criança, assim como o nosso filho Natanael, na Sua disciplina e admoestação. É o que peço aos amados irmãos, que leem este abençoado veículo de comunicação. Seu irmão em Cristo ... (17/09/2010).

JOÃO LUIZ DA SILVA COSTA
... Amados intercessores, sendo a vontade do Senhor a cirurgia, pela qual pedi as vossas orações, será no dia 27/9, às 14h00, no Hospital São Lucas, Rio de Janeiro-RJ. Alegro-me no Senhor pela condução de tudo, pois tivemos muito trabalho nestes dias e peço que OREM pelo Grioprix, Annelize, Renata e as crianças, além dos novos convertidos que têm se envolvido no trabalho, neste tempo em que estarei ausente. Há sempre novas famílias chegando para conhecer o Evangelho, além do discipulado com novos convertidos temos o trabalho com as crianças do bairro Maria Terezinha que nos tem dado grande alegria e o Senhor nos deu graça para fazermos um trabalho especial no dia 12/10. OREM pelo testemunho perante a sociedade. O trabalho com estas crianças carentes tem sido muito visado e esperamos que o Senhor faça frutificar a Sua Palavra em seus familiares também. OREM pelo casal Djonka e Daniara que ficaram noivos dia 12/9 e seus pais ficaram maravilhados, a mãe do Djonka iniciou o estudo da Palavra. OREM pelo Pedro Augusto que tem 10 anos e continua a ser perseguido pelos familiares por testemunhar da sua fé em Cristo, seus pais estão muito preocupados e pensaram até em parar os estudos e o proibirem também. OREM pelo irmão Cláudio Martinowski que estará conosco em 17/9 aqui em Pinhalzinho, e em 19 e 20/9 em Chapecó, trazendo-nos a Palavra e relatórios. Sendo a vontade do Senhor irei até Curitiba com eles ao retornarem, para seguir até o Rio de Janeiro. OREM por nossa viagem. Agradeço imensamente as suas orações rogando ao Senhor generosa retribuição além das ofertas que são enviadas assim como a sua comunicação. Que a graça do Senhor Jesus Cristo e o amor do amado Pai, na consolação do Santo Espírito, sejam com a igreja dando-nos sabedoria nestes dias conturbados, para que a igreja mostre o seu papel de Reino e agência do céu (Rm. 16:25-27) ... (17/09/2010).

JONATHAN MARK WATSON
… "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém!" (Jd. 24-25). Amados irmãos, esperamos que esta carta os encontre bem e firmes na fé. É maravilhoso sermos lembrados que aquEle que nos chamou para a Salvação também nos guiará para que não tropecemos pelo caminho. Sabemos que Satanás é astucioso e pronto para envergonhar ao Senhor através de um de Seus servos. Mas, quando procuramos prosseguir na Fé, orando no Espírito Santo e vivendo no amor de Deus, não só cresceremos espiritualmente, como também estaremos nos revestindo da armadura celestial e assim vamos sempre poder ouvir claramente a voz do Senhor mostrando-nos em qual caminho devemos andar. É pensando nisto que escrevemos esta carta para os irmãos. Estamos neste país há quase seis meses e desde que aqui chegamos temos enfrentado muitas dificuldades, porém podemos louvar a Deus pela Sua fidelidade, pois Ele nunca nos abandona. Uma das maiores dificuldades que temos enfrentado é a postura de alguns irmãos que estão na liderança da igreja local. Estes irmãos têm muito zelo pela obra do Senhor, porém, ao mesmo tempo, são muito restritos em seus próprios pensamentos. Cada vez que pensamos em fazer algo somos confrontados com um “não se pode fazer isto” ou “se queres fazer isto tem que ser deste jeito”. Sabemos que o próprio Senhor Jesus enfrentou muitas barreiras em meio às pessoas “religiosas”, por isto não queremos desistir e pedimos que os irmãos OREM juntamente conosco para que o Senhor continue nos encorajando, dando-nos sabedoria para refletirmos o Seu amor nesta nação. A Inglaterra sempre foi acostumada a enviar missionários e não a receber missionários. Boa parte dos irmãos diz que reconhece a necessidade de receber pessoas (principalmente jovens) para ajudar na obra, porém não veem com bons olhos o “viver pela fé”, logo não se dispõem a contribuir com o nosso sustento. No entanto, irmãos, mais uma vez louvamos ao nosso Deus, que nos momentos em que nos sentimos com dúvidas, medo, preocupações, Ele nos fortalece e renova a nossa esperança, confirmando que foi Ele nos chamou para cá e não nenhum homem. No começo desta semana não sabíamos como iríamos continuar aqui, porque não tínhamos suficiente dinheiro para continuar alugando uma casa, e o Senhor, na segunda-feira (13/9), confirmou mais uma vez que é Ele quem está no controle de tudo e nos abençoou com um dinheiro que completará o valor para continuarmos alugando uma casa. Nosso contrato vence no dia 15/10 e estamos tentando achar uma casa de dois quartos, com aquecedor central (por causa do inverno), pois já está começando a esfriar de novo, mas ainda não tivemos nenhuma resposta. Pedimos que os irmãos OREM conosco por tudo isto, principalmente pela situação em que se encontra este país, considerado um país cristão, mas com tanta idolatria e religiosidade, lembrando-se de todas as consequências que estão sofrendo por causa disto. Para isto rogamos uma INTERCESSÃO ao Senhor nosso Deus por esta causa, lembrando que “Ele é um Deus que não muda” e pode fazer muitos milagres nesta terra e se agrada daqueles que com fé clamam a Ele. Então, irmãos, passemos a próxima semana unidos, de 19 a 25/9, em intercessão por este país para que todas as barreiras sejam vencidas e o nome do Senhor seja exaltado e glorificado. Temos também muitas coisas para agradecer a Deus: Por Filipe que continua bem de saúde, aprendendo a língua rapidamente e interagindo bem na escola, um dos seus coleguinhas da escola (5 anos) frequentou a EBD em Onslow antes das férias escolares e tem demonstrado o desejo de continuar e de trazer sua irmãzinha de 4 anos (a família não é cristã, mas sua mãe mesmo nos conhecendo há tão pouco tempo tem se alegrado com a oportunidade dos filhos poderem frequentar uma igreja); pelo retorno da EBD em Onslow, que passou seis semanas em recesso por conta das férias de verão (um costume deste país); pela participação cada vez mais ativa minha e de Viviane em Women´s Missionary Fellowship (Associação Missionária de Mulheres), que enviará a partir da próxima semana periodicamente roupas, material de higiene e algumas coisas para serem usadas na EBD para as obras em Cruzeta-RN; Extremoz-RN; Matureia-PB; Jacaraú-PB e Recife-PE; pela participação mais ativa no culto das crianças em Onslow; pelos estudos bíblicos que estão sendo realizados com duas jovens Robyn (12 anos) e Rianne (15 anos); por algumas reuniões onde foi possível mostrar o trabalho do Nordeste do Brasil; por todos os irmãos que têm orado por nós e pela obra aqui em Luton, e tem contribuído com o nosso sustento. Sentimos muita saudade de Recife e do Nordeste brasileiro, o Senhor realmente nos abençoou com uma grande família lá. Finalizamos, pedimos que os irmãos sempre se lembrem de ORAR pela obra do Senhor em Recife e em todo o Nordeste. Que o Senhor os continue abençoando e guiando em suas ações. Um abraço fraternal no Senhor ... (17/09/2010).

JOSÉ CARLOS MARQUES COELHO
... Estimados irmãos, que a graça e paz vos sejam multiplicadas. Pela graça do nosso Deus continuamos servindo-O. Certamente não como Ele merece, pois quantas vezes falhamos na realização da Sua obra. A sua graça, porém, nos tem sustentado e conduzido. A igreja local tem se dedicado na evangelização das crianças, e algumas delas já receberam a Cristo como Salvador. Rogo que OREM pela minha vida, família e ministério (precisamos nos fortalecer no Senhor); pela evangelização e discipulado das crianças; pela igreja local para que haja comprometimento com Deus e Sua obra. Louvamos a Deus, e agradecemos aos irmãos que nos têm ajudado nessa caminhada (Gl. 6.2). No amor de Cristo ... (13/09/2010).

MARCOS SHIMIZU
... Amados irmãos em Cristo Jesus, venho por meio deste veículo de informação solicitar as ORAÇÕES do povo de Deus em favor do irmão Eliseu Armando Marega, de Linhares-ES. E foi hospitalizado para ser submetido a um exame de cateterismo pata verificar a necessidade, ou não, do uso de um marca-passo para o seu coração. Lembremo-nos, também, dos seus queridos familiares, a sua esposa Elilda e seu filho Nauto. Em Cristo Jesus, nosso Salvador e Senhor ... (14/09/2010).

OZÉIAS MAURÍCIO PEREIRA
... No dia 15/9, ao fazer a entrega de folhetos, falei do Evangelho a quatro rapazes e uma moça que estavam fumando maconha nos fundos do meu quintal e conversam sobre tráfico de drogas. OREM por eles! Não sei seus nomes, pois não perguntei. Na semana passada conversei com dois que atenderam o convite de virem à minha casa. Seus nomes são Marcinho e Vinícius, são tidos como traficantes e assassinos. Também estive com um vizinho, ainda jovem, que estava alcoolizado e dizia que irá matar sua mãe e o tio. Já houve brigas pesadas em semanas anteriores. OREM por eles e por nós, especialmente por minha esposa e filha diante deste contexto. Em Cristo Jesus ... (15/09/2010).

PAULO EDUARDO MARTINS PEREIRA
... Irmãos, estivemos na comunidade Lagoa de Dentro, onde cerca de 90 famílias vivem da torra e quebra da castanha de caju. Lá fizemos a entrega de literaturas e um bazar social semelhante ao que foi feito em Duas Estradas. Reunimo-nos nesse lugar todas as sextas-feiras e temos um bom grupo de pessoas. Roupas e sapatos usados são muito úteis aqui, deixo a sugestão para as igrejas que queiram fazer essa coleta e envio será muito bem-vindo e útil. Contamos sempre com as ORAÇÕES dos irmãos. Mais detalhes no blog http://casadeoracaodejacarau.blogspot.com/ Em Cristo ... (11/09/2010).

PAULO SCHWAB KOHLS
... "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confia no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna" (Is. 26:3-4). Amados irmãos que bondosamente nos têm acompanhado e assistido nessa caminhada em favor da saúde da Solange, o nosso muito obrigado! Deus os abençoe e multiplique cada dia mais as Suas bênçãos em favor dos irmãos. Ontem, depois de algumas tentativas, conseguimos levar Solange a um neurologista com especialização em coluna em uma cidade aqui perto de Conselheiro Lafaiete, conseguimos uma ambulância e graças a Deus a viagem foi tranquila. Ela foi examinada pelo médico e ele suspendeu mais dois remédios que ela usava, trocando um deles por um mais fraco e receitando outro para dor, para conter o seu sofrimento. Ele pediu para a Solange fazer uma ressonância da coluna, pois ele precisa saber se as vértebras estão pressionando as raízes que saem da coluna, dificultando a circulação do líquido, causando assim muitas dores e até a atrofia de algumas partes do corpo, podendo até ter que passar por uma intervenção cirúrgica. Se essa hipótese for descartada, ele passará a cuidar das possíveis contraturas musculares que também podem causar todo esse desconforto. Desde já agradecemos e contamos com as ORAÇÕES e ajuda dos irmãos. Muito obrigado, fiquem na paz do nosso Senhor Jesus! Abraços em Cristo ... (14/09/2010).

SEBASTIÃO VICENTE DE OLIVEIRA
... Estimado irmão José Carlos e seguidores do Boletim dos Obreiros, depois de passar por uma cirurgia de alto risco no dia 3/9 para implante de uma válvula, duas safenas e uma mamária, permaneci por seis dias no CTI e fiquei até o dia 14/9 no apartamento para um tratamento mais assistido, desde então estou no aconchego do meu lar para recuperação. Não têm sido dias fáceis para mim. Nesta sexta feira (17/9) irei ao médico para revisão e tirada dos pontos. Quantas formas de padecermos pela dor, tenho sentido dor para tudo. Louvo ao meu Senhor que a dor que eu não suportaria Ele sofreu por mim, é Ele que me tem sustentado. Quando a dor fica irresistível, deito-me nos braços do Senhor e Ele me aceita, então me cubro com as orações dos meus queridos irmãos. Têm sido assim desde os momentos mais difíceis da entubação, tenho adorado ao meu Senhor com lágrimas de alegria. OREM por mim! Aceitem a minha gratidão por tão expressiva comunhão nestas horas difíceis. Tenho recebido ligações de muitos irmãos, sem conseguir me conter tenho trocado algumas breves palavras desobedecendo as ordens dos médicos que determinaram sessenta dias de repouso. Abraços fraternos no Senhor ... (16/09/2010).

SÍLVIO DANTAS AGOSTINHO
... Irmãos, graças a Deus a Andréa já está sendo medicada em casa. Os exames do coração foram normais, agora é só se recuperar da cirurgia no quadril. Obrigado por suas orações! Louvem ao Senhor por Sua Graça e Misericórdia que mais uma vez foram derramadas na vida da nossa família. Seu conservo em Cristo ... (16/09/2010).

VANDERCI PEREIRA DA SILVA
... "Até aqui nos ajudou o Senhor" (1Sm. 7:12b). Amados irmãos, eu os saúdo em nome do Senhor Jesus Cristo. Primeiramente, gostaria de agradecer, mais uma vez, pela ofertas e orações vindas da parte do povo de Deus, realmente somos muito agradecidos. Louvamos ao nosso Deus por nos dar a oportunidade de ter este meio de comunicação que nos traz notícias de vários irmãos. Nesta oportunidade continuo pedindo pela minha família, pois necessitamos das suas ORAÇÕES. Em relação à Igreja do Senhor, Ele tem sido generoso para conosco nesta cidade. No último dia 11/9 o casal Rodrigo & Joyce receberam as bênçãos do Senhor na igreja local, havia muitos descrentes testemunhando esse acontecimento, juntamente conosco. Se o Senhor permitir no dia 12/10 eles estarão sendo batizados, juntamente com as irmãs Josiele e Josiane. Contamos com as suas ORAÇÕES. O irmão Cristiano continua o tratamento com a quimioterapia, a sua situação não mudou muito. A irmã Rose se encontra bem melhor e continua em tratamento. Temos tido a oportunidade de evangelizar como igreja, e assim temos recebido muitas pessoas em nossa casa e nos cultos. Temos lutado pela Causa do Mestre em manter as portas abertas como igreja, ensinando do nosso Deus, pois as dificuldades são muitas (financeiras) além da idolatria, imoralidade e a prostituição que nos traz tristeza à alma. Temos presenciado muitas coisas, e com isso aumenta a necessidade da compra de um terreno para construção do salão. OREM a nosso favor. Como sempre digo, é claro que há problemas, como em qualquer lugar que queira fazer a vontade do Senhor, mas acredito que isto faz parte para sabermos Quem é que está no controle e assim ficarmos mais perto dEle. Desta forma, a cada dia louvamos ao nosso Deus pela Sua grandiosidade ... (13/09/2010).

OTÁVIO TRINCK
... “O Senhor é a minha força e o meu cântico; e se fez a minha salvação” (Sl. 118:14). Queremos mais uma vez agradecer a Deus por Sua bondade em nos manter e nos conceder o privilégio de realizarmos esta obra tão maravilhosa que é a de levar o Evangelho. Agradecemos a todos que nos apoiam com orações e ofertas, sabemos que o nosso Deus haverá de recompensá-los com Sua infinita bondade. O trabalho aqui em Matureia está indo bem graças ao Senhor, apesar de em alguns momentos nos sentirmos enfraquecidos devido às lutas, continuamos firmes. As reuniões de evangelismo estão sempre bem frequentadas e com visitantes e isso nos alegra. Estamos realizando cursos e neste mês fizemos um evangelismo na feira livre. O trabalho não para, há muita coisa a ser feita, porém estamos indo com cautela, dentro de nossas possibilidades. Fizemos a entrega dos certificados para todos que terminaram os cursos bíblicos; foi uma noite muito especial. Onze pessoas terminaram com um aproveitamento impressionante. Outros cursos já foram iniciados, precisamos de mais cursos para prosseguirmos. Pedimos ORAÇÕES por algumas oportunidades de fazermos reuniões em alguns sítios aqui da região, porém ainda não conseguimos um meio de levarmos os irmãos e irmãs para realizarmos esses cultos. Os jovens estão se mobilizando e iniciaram um trabalho onde se reúnem para estudar, orar e planejar projetos de evangelismo aqui na cidade, apesar de serem poucos, pedimos que OREM para que consigam seus objetivos. Estamos tristes esses dias, pois mais três irmãos irão para São Paulo a trabalho. Nosso grupo é bem pequeno e com esses já serão quatro fora da localidade deixando o grupo ainda menor, porém eles precisam do sustento e aqui infelizmente não há muitas opções. OREM por eles: Cosmo, Socorrinha, Vanin e Sebastião. O trabalho com crianças está cada vez melhor, temos lutado para manter esse trabalho, pois vemos bons resultados. A dificuldade maior é que aqui não há material e tudo que precisamos temos que ir a Patos (40 km), isso tem gerado uma despesa um pouco maior. Pedimos ORAÇÕES por Elton e sua esposa Ana, ela tem se interessado muito, mas o marido não permite que ela vá aos cultos. OREM pela conversão de ambos! Esta semana foi muito especial, duas irmãs oficializaram o casamento e agora aguardam o batismo. Eunice e Severino (OREM pela conversão de Severino) e Vanin e Norma. Todos nós ficamos muito felizes e tivemos o privilégio de sermos testemunhas deste evento. Isso nos alegra muito, pois são irmãs que querem obedecer ao Senhor. Peço ORAÇÃO pelo irmão Zeca, aqui de Matureia. Ele sofre com um sério problema de coluna, está de cama, não consegue se mexer e sente muita dor. OREM por ele, pois ele precisa trabalhar no pequeno sítio de onde consegue vender alguma coisa para comprar o necessário para o seu sustento, com este problema ele está impossibilitado. Outras informações podem ser vistas em nosso blog, além de algumas fotos (http://www.blogamados.blogspot.com). Um forte abraço de seus irmãos em Cristo ... (10/09/2010).

MOACIL DAMIÃO DE ALMEIDA
... Aos amados irmãos em Cristo o nosso abraço! Muito obrigado, irmãos, pelo vosso apoio a nós na obra do Senhor, vossas orações e ofertas têm nos ajudado muito e estamos certos que Deus vos irá recompensar. Continuamos animados trabalhando sempre com alegria, sabendo que o nosso trabalho tem recompensa, pois Deus é fiel, e temos visto resultados animadores! Graças a Deus os trabalhos estão animados a cada dia. Estamos recebendo novos visitantes em nossas reuniões, e estamos trabalhando para levá-los a conhecer e crer em Jesus Cristo como Salvador. Por favor, OREM conosco para que Deus possa salvar essas vidas. A igreja local vai muito bem, sempre com muitas atividades, as congregações também seguem animadas. Irmãos, continueis a ORAR por nós, pois vossas orações são indispensáveis em nossa vida e ministério. No amor de Cristo vossos irmãos ... (09/09/2010).

DANIEL NOGUEIRA COSTA DA SILVA
... Amados no Senhor, peço que vocês estejam ORANDO por nossa família, pois temos passado por dias maus e contamos com as suas preciosas ORAÇÕES. Meu quadro depressivo piorou e isso afeta a todos nós porque tenho que reconhecer que fico insuportável, peço que OREM para que minha família tenha paciência para estar junto comigo em mais este terrível momento. Os medicamentos me fazem muito mal, fico trêmula e isso piora ainda mais o desejo de ficar em casa. Sei que muito da minha recuperação depende de mim, praticar algum esporte etc., mas confesso que não tenho tido forças nem para sair do quarto. OREM porque reconheço que a força que preciso vem do Senhor, somente quem passa por tais momentos sabem do que estou falando. Conto com suas ORAÇÕES. No amor do Mestre, Sônia Rodrigues dos Santos ... (08/09/2010).

GERSON CESAR RUBINI
... "Nenhum se susterá diante de ti, todos os dias da tua vida. Como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei". Queridos e mui amados irmãos, venho informar-lhes que pela misericórdia e bondade do nosso Senhor, já me encontro bem melhor. Amados, é com muita satisfação e gratidão em meu coração, que quero agradecer a todos os irmãos que nestes dias estiveram orando por mim e pela minha cirurgia. Mas sei que pode ser que muitos dos irmãos não tivessem conhecimento do fato, mas o caso é que eu estava com um adenoma (tumor benigno) localizado na minha garganta. Tumor que só foi descoberto devido as constantes formações de cálculos renais que causavam em mim, muitas cólicas renais. Devido a isto, sou extremamente grato ao nosso bom Deus, pois reconheço que tudo que tenho passado foi segundo a permissão do nosso Senhor, mas assim como Ele tem permitido, que eu passasse por dias de lutas, Ele tem cuidado de mim. Usando as palavras do hino 346, eu quero transmitir aos amados irmãos o que tenho pensado sobre tudo que já passei e talvez, o que eu ainda possa passar: “Não sei o que me espera, Deus não mo revelou; a senda é nova para mim, mas com meu guia vou e cada passo espero dar, com quem por mim penou”. Neste ano, passei quase todos os meses em Piracicaba e Campinas em tratamento e somente agora estou de volta ao Amapá. O que para mim foi um tempo muito difícil, pois tive que exercitar a minha paciência, por estar longe da minha família e do trabalho aqui no Amapá. Como sempre, não poderia deixar de agradecer aos irmãos que sempre estiveram comigo. Agradeço aos amados irmãos da cidade de Piracicaba, São Joaquim da Barra, Piratininga, Londrina, Souzas e a todos que estiveram orando por mim, em especial, aos irmãos que nem me conhecem pessoalmente, como por exemplo, irmãos que se reúnem na cidade de Macaé (RJ) e que comunicaram através do Boletim, que estavam em uma semana de oração e que oravam por mim dentre outros irmãos. Muito obrigado a todos e que Deus vos abençoe. Agradeço ao amado irmão José Carlos Jacintho pela oportunidade que sempre tem me dado ... (06/09/2010).

o cristão e a politica

A questão tem sido frequentemente levantada, mas raramente respondida: Qual é, exatamente, o lugar que um crente deve ocupar na política ou na administração civil do país no qual ele vive? Como pode alguém definir o papel que um cristão deve desempenhar na política? Nosso apelo pode unicamente ser feito à Bíblia. Para o cristão, a Bíblia é a única fonte de autoridade e doutrina.
O que é um político? No melhor sentido da palavra, um político é alguém que tem um considerável e constante interesse na comunidade na qual ele vive, nos negócios e nas pessoas que compõem essa comunidade. Ele louva os governantes quando fazem o que é correto e os condena quando não o fazem. Ele levanta a voz contra toda a injustiça, fraude, engano, corrupção e qualquer restrição à liberdade. Ele resiste ao mal até onde lhe permite a lei. Ele usa toda oportunidade para influenciar o governo e, se tem chance, trabalha pelo bem da humanidade. Ele almeja administrar os negócios de Estado de uma maneira justa e benevolente.
Comecemos, antes de tudo, por tomar o exemplo deixado pelo nosso Senhor. Nós julgamos que o que Ele fez, foi e é, correto, e que aquilo que Ele não fez, ou é errado ou sem importância.
Em I Pe 2:21, lemos que Cristo nos deixou exemplo para que sigamos as Suas pisadas. Em Jo 8:29, Jesus diz: "Faço sempre o que é do Seu agrado" (do Pai). Em Mt 17:5, Deus, o Pai, diz: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a Ele ouvi". Destes versículos apreendemos:
Que Jesus fez somente o que agradava ao Pai;
Que o Pai se agradou de tudo o que Ele fez;
Que Jesus é o nosso exemplo.
Foi Jesus um político? Tomou Ele parte alguma no governo do Império Romano ou da nação de Israel? Proferiu Ele qualquer julgamento a qualquer pessoa ou medida? Posicionou-se Jesus ao lado de qualquer grupo político, oprimido ou não? Exerceu Ele qualquer espécie de função civil? A resposta a todas essas perguntas é um enfático, "NÃO!",
A Sua conduta foi exatamente o inverso da conduta normal de um político. A liberdade dos judeus se fora e Ele não fez coisa alguma para remediar a situação. Sua própria pátria e povo eram oprimidos pelo imperador Romano e Ele não fez nada. Escravidão, guerra, pobreza, bebidas, prostituição, floresciam e Ele não fez nada para tentar corrigir a situação como tal.
Ele recusou-se a agir como político, como nos é relatado em Lc 12:13-14, quando negou-se a intervir em um problema financeiro entre dois irmãos. Em Jo 3:17, Ele especificamente afirma que não veio ao mundo para julgar o mundo (Quanto da assim chamada "pregação do evangelho" não é mais que a condenação do mundo e das coisas do mundo!). Em Mt 14:10-13, quando contaram a Jesus que Herodes decapitara João Batista, não houve qualquer demonstração, nenhum quebra-quebra ou pilhagem de estabelecimentos comerciais, nenhum bloqueio de bigas e carros de boi, à guisa de protesto, nenhum tipo de condenação a Herodes ou ao seu governo.
Jesus e Seus discípulos apenas retiraram-se silenciosamente e foram para um lugar deserto, para se afastarem de tudo aquilo por algum tempo. Em Lc 13:1-5, nosso Senhor não tem qualquer palavra de condenação para o ultraje-nacional cometido por Pilatos, ao matar alguns galileus no templo, em meio aos sacrifícios que eram oferecidos. Essa profanação pagã do templo e repulsiva indignação perpetrada pelo pagão Pilatos, não extraiu uma única palavra do Senhor.
Jesus não contendeu por direitos civis para si mesmo ou para Seus seguidores, mas ensinou aos Seus discípulos a serem obedientes às autoridades constituídas. Em Mt 22:15-22, nosso Senhor lhes ordenou pagarem os tributos a César. César era um assassino, depravado, imoral, adúltero; era cruel e sem coração. Jesus disse que lhe pagassem os tributos, ainda que parte deles se destinassem ao sustento dos cultos idólatras do Império Romano. Jesus não se intrometeu em nenhum dos governos das terras onde esteve. Nem tampouco devemos nós fazê-lo. Em Jo 20:21, nosso Senhor diz: "Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós".
Observemos o exemplo do Apóstolo Paulo. Em At 16:16-34, quando Paulo e Silas foram injustamente presos, acusados, condenados e agredidos, seus seguidores não fizeram qualquer manifestação de protesto, nem no palácio do governador, nem nas ruas. Paulo e Silas não proferiram protesto algum mas oraram a Deus e Ele moveu-se de maneira miraculosa para salvá-los.
Contudo, houve uma vez na sua vida em que Paulo se envolveu em política. No seu julgamento diante de Festo, como relatado em At 25:11, Paulo exerceu seu direito como cidadão Romano e apelou a César, isto é, reclamou proteção civil baseada em direitos civis. Aquele apelo, aquele momento único de fraqueza, ao voltar-se para o poder político e para as autoridades, em vez de tornar-se para o Senhor, custou-lhe passar o resto da sua Vida aprisionado, exceto talvez por uma possível trégua entre o que ele chamou de sua primeira e segunda prisão.
Em At 26:32, Agripa disse a Festo: "Este homem bem podia ser solto, se não tivesse apelado para César", o que vale dizer: este homem poderia ter sido liberto, se não tivesse usado seus direitos civis em vez do poder espiritual. Em At 12, onde lemos sobre a morte de Tiago e a prisão de Pedro, a Conferência de Liderança Cristã não apelou a Jerusalém ou a Roma, nem iniciaram um protesto pela não-violência, nem começaram a agir como vândalos, destruindo propriedades, queimando e saqueando. Eles fizeram o que todo cristão deveria fazer - retiraram-se para uma casa particular e oraram. E o Senhor ouviu as suas orações.
Agora consideremos alguns dos ensinamentos bíblicos concernentes ao relacionamento do cristão com o mundo. Em Hb 11:13-16, lemos que os cristãos do primeiro século "confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra", e que estavam à procura de uma pátria melhor. Em I Pe 2:11-18, os cristãos são encorajados a sujeitarem-se a toda autoridade humana por amor do Senhor, independente de ser essa a mais alta corte da terra ou a menor delas. Em Romanos 13, os cristãos são estimulados a submeterem-se às autoridades superiores, porque não há autoridade que não venha de Deus. Homens em posições de autorida de de Estado são chamados ali de ministros de Deus.
As Escrituras a que já fizemos referência chamam a nossa atenção para o fato de que o governo civil foi estabelecido por Deus e que o cristão deve submeter-se às autoridades, porém nunca administrar.
Quando o nosso Senhor disse em Mt 7:1-6: "Não julgueis", Ele quis dizer exatamente isso. O cristão não pode ser um juiz. Também aprendemos em Dn 4:17, que o Senhor "tem domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles" (Quão oposto ao pensa mento de muitos cristãos, de que os crentes precisam assumir a direção do país, que está sob o controle de Satanás!).
Em II Co 5:20, o Espírito Santo chama à nossa atenção que os cristãos, cujo lar está nos céus, são embaixadores no mundo, rogando ao mundo que se reconcilie com Deus. Em questões civis, embaixadores que se intrometem nos negócios do Estado para onde foram enviados são, usualmente, destituídos do cargo, a pedido do país no qual estão servindo.
A filosofia de muitos cristãos é de que os crentes na política tornariam o mundo um lugar melhor para se viver. Em I Sm 2:8, na oração profética de Ana, o mundo é comparado a um monte de lixo, do qual os cristãos, como mendigos, foram resgatados. Seguindo essa ilustração, todo esforço para tornar o mundo, amaldiçoado pelo pecado, condenado e prestes a ser destruído, em um lugar melhor para se viver, não é mais do que decorar e perfumar um monte de lixo.
Outra vez, os cristãos passando por esse mundo, são comparados aos filhos de Israel atravessando o deserto, a caminho da Terra Prometida. Todos os esforços para melhorar este mundo, através de meios políticos, são como plantar flores, cultivar jardins e cuidar da paisagem do deserto, através do qual passam os filhos de Israel.
Em At 15:14, lemos que Deus está separando, dentre os gentios, um povo para o seu Nome. Em I Tm 4:1, aprendemos que a era na qual vivemos é governada e controlada pelo Diabo e seus espíritos sedutores e que as coisas irão de mal a pior. Em II Tm 3:1-9, aprendemos que o mundo se degenera continuamente até que, moralmente falando, torna-se insuportável. Em I Ts 5:3, lemos a respeito da repentina destruição que está para vir sobre o mundo e sobre aqueles que forem deixados nele.
Os cristãos estão proibidos de amar o mundo, sendo ensinados que a amizade com o mundo é inimizade para com Deus. O mundo é mau, ímpio, condenado e moribundo, e um dia será aniquilado. Então o Senhor criará um novo céu e uma nova terra, onde habitará a justiça.
Em Mt 5:39-42, o cristão é exortado a não resistir ao homem mau; se agredido na face direita, deve oferecer também a outra. Se alguém lhe tirar a túnica, deve também entregar-lhe a capa. Se forçado a caminhar mil passos, deve caminhar dois mil, por amor do Senhor.
Em I Co. 4:5, é nos dito para não julgar nada antes do tempo, até que venha o Senhor (o tempo será quando o Senhor retornar em glória e poder). Em I Co 6:2, somos ensinados que os santos hão de julgar o mundo, mas não antes que o Senhor volte e estabeleça Seu próprio reino. Em I Jo 3:1, aprendemos que o mundo não nos conhece, o que significa que não reconhecerá quando um homem é cristão, pelo fato de que não reconhecerá a Deus, como criador, sustentador e Senhor do universo.
A Escritura mostra em detalhes como agir em várias esferas nas quais um cristão tem que se mover. A Escritura mostra e explica a um homem como agir como marido, como deve agir como um pai, na relação com seus filhos, como deve ser sua conduta se ele é um empregado e como deve tratar um empregado, caso seja ele o patrão.
A Escritura continua ainda explicando como os missionários, pregadores e mestres devem conduzir-se. Porém não há uma única palavra sobre como um cristão deve agir como político.
Dwight Lyman Moody expressou-se com estas palavras: "O mundo é um navio naufragando e eu não fui chamado para salvar o navio, mas para salvar alguns do navio, antes que ele afunde". Em Judas, versículo 23, o dever do cristão é definido como o de arrebatar do fogo os pecadores perdidos, como uma brasa da fogueira, e não o de tentar apagar o fogo.
Em II Co 6:17, os cristãos são comandados a sair do mundo e separar-se dele (Como essa escritura tem sido torcida e pervertida para justificar cristãos separando-se de cristãos!).
Houve um tempo em que os cristãos usavam cantar um cântico:
Eu sou um forasteiro aqui,
Em uma terra estranha;
Meu lar é muito longe,
Em uma praia dourada;
Eu sou um embaixador
De reinos além do mar,
Estou aqui a serviço do Rei.
Sendo este um ano de eleições, muitos cristãos estão preocupados com a política. Muitos têm me perguntado quem é o meu candidato; outros estão preocupados em saber qual é o papel que o crente deve assumir no campo do governo. Eu penso que a Bíblia é muito clara nos seus ensi namentos a esse respeito, porém esses, como tanto da verdade da Bíblia, são desagradáveis para muitos de nós.
A visão que alguém tenha, no que diz respeito ao Reino vindouro do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, determinará sua atitude para com o governo do mundo e para com a sua política. Se alguém acredita, contrariamente às Escrituras, que a Igreja trará o reino e que o reino não poderá vir até que a Igreja tenha produzido o Milênio, então esse crê na necessidade da Igreja e dos cristãos desempenharem grande papel na política. Se, porém, como afirma a Bíblia, as coisas irão de mal a pior e a iniquidade será abundante, e não haverá paz até que Jesus volte, então os cristãos têm pouco ou nada a ver com a política. "Porque a nossa pátria está nos céus..." (Fl 3:20). A nossa cidadania está nos céus. "De sorte que somos embaixadores por Cristo..." (II Co 5:20).
A verdade nessa questão, é que os cristãos são um povo celestial, com um chamamento celestial, e com um lar celestial Nossa função neste mundo é aquela de um embaixador, proclamando a um mundo de mente réproba, que Deus já se reconciliou conosco em Cristo e rogando aos indivíduos que se reconciliem com Deus. Como embaixadores, estamos aqui a serviço do Rei. Como embaixadores do céu, a nossa cidadania não é DESTE mundo, embora seja NESTE mundo (Jo 17:16).
Aqueles cuja cidadania é tanto DESTE mundo, quanto NESTE mundo, NÃO SENDO cidadãos do céu, são chamados, por todo o livro de Apocalipse, de "habitantes da terra" ou "moradores da terra", e o governo deste mundo está nas suas mãos até o tempo em que o Senhor retornar, em poder e glória, para reassumir as rédeas do governo do mundo. Ainda que o governo do mundo esteja nas mãos de homens não regenerados, devemos reconhecer o fato de que Deus governa neste reino dos homens e coloca no poder, à frente dos governos, quem Ele quer. Veja Daniel 4:17,25. Satanás é o deus desta era e é o príncipe das potestades do ar. E, embora Deus controle os assuntos dos homens, ainda assim Ele permite que tais homens governem sob a direção de Satanás. Este não é o tempo para que os cristãos governem. Este não é o tempo para a Igreja dominar. Este é o tempo em que a Igreja, a noiva de Cristo, suporta rejeição por parte do mundo, juntamente com Cristo. Homens vis e irregenerados, administrando os negócios de Estado, são, apesar disso, referidos como ministros de Deus. Estude cuidadosamente Rm 13:1-7.
Quando Jesus voltar e estabelecer Seu reino aqui sobre a terra, os cristãos fiéis terão o privilégio e a responsabilidade de governar e reinar com Cristo. Lc 19:17, "...sobre dez cidades terás autoridade". Verso 19: "... sê tu também sobre cinco cidades". Ap 3:21: "Ao que vencer, eu lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci e me assentei com meu Pai no Seu trono".
Deixe-me repetir - este não é o tempo para a Igreja e os cristãos governarem em posições de Estado. Antes, a nossa relação com o mundo deve ser aquela de um cidadão de todo o mundo. Devemos viver e pensar de maneira a cumprir o comissionamento de Mc 16:15: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura". Nós não devemos criar antagonismos com todas as nações do mundo, pela proclamação de que pertencemos a uma nação e, dessa maneira, embaraçar o nosso testemunho por Cristo em outras nações. Devemos, antes, ser não-partidários, nas nações onde vivemos, do que fazermos membros de um partido, assim antagonizando todos os outros e impedindo nosso testemunho para todos aqueles que não pertencem ao partido ao qual estamos filiados.
Um estudo minucioso da vida de Cristo e dos Seus discípulos, e da relação deles com a política local e mundial, será de muito proveito. Cristo ordenou obediência às leis da terra. Cristo e seus discípulos pagaram seus impostos. Cristo e seus discípulos se devotaram à tarefa dada por Deus, que era a proclamação da paz pelo sangue derramado do Senhor Jesus Cristo. Nós devemos orar "pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada", de maneira que todos os homens venham a conhecer o Senhor (I Tm 2:1-4). A Igreja e os cristãos podem exercer muito maior poder e influência na política do mundo pela oração do que por todos os outros métodos combinados. "Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens" (Rm 12:18).

A. Edwin Wilson [ Extraído do livro: "The Writings of A. Edwin Wilson" ]

a base do ministério de vida

Watchman Nee
A segunda Carta aos Coríntios é, acima de tudo, um livro de sofrimento. Ali vemos o servo de Deus, Seu vaso escolhido, passando por terríveis provas de fogo e sofrendo como, talvez, nenhum outro apóstolo ou servo do Senhor jamais tenha experimentado. O sofrimento está gravado no livro todo: sofrimento físico, mental e espiritual; alguns foram passageiros e outros, permanentes.
Mas ele mostra o motivo para esses sofrimentos ao dizer: “Levando sempre no corpo o morre de Jesus, para que também Sua vida se manifeste em nosso corpo” (4.10). Essa é a base de todo ministério em vida. É preciso haver sofrimento e dor; é preciso haver a cruz, se a vida de Cristo tiver de ser manifestada. “De modo que, em nós, opera a morte, mas, em vós, a vida”.
Sempre que houver um afastamento da cruz, uma fuga do Calvário, uma recusa do caminho da dor e do sofrimento, uma indisposição para pagar o preço e sofrer dor e perda, então, haverá pobreza, morte, superficialidade e vazio que nada nos dará para ministrarmos aos filhos de Deus. “Que a morte nunca cesse de operar em mim, para que a vida também nunca cesse de fluir para os outros.”[1]
Qual é a explicação para a superficialidade e pobreza tão marcantes no ministério nestes dias? É porque os ministros mesmos experimentaram muito pouco. Eles deram um jeito de escapar da cruz sempre que Deus a ofereceu ou designou a eles. Sempre existe um meio de escape, outro caminho cujo preço não seja tão alto, um caminho inferior e não o caminho da cruz. Quão raros e poucos são os realmente ricos espiritualmente. E por quê? Porque seus sofrimentos não foram abundantes.
Os arranjos de Deus são perfeitos. Ele sabe que tipo de sofrimento cada um precisa: se é físico, material, mental ou espiritual. Quando Deus em Sua sabedoria os faz chegar a nós, porque vê que precisamos deles, regozijemo-nos e procuremos ver o Senhor neles. Vamos aceitá-los com alegria, reconhecendo que somos totalmente fracos e incapacitados para eles, mas que Ele é graciosamente capaz. Ele realmente é, e, na circunstância, nós O encontramos em Sua plenitude e suficiência. Conhecemos a Deus de forma real porque O encontramos fazendo em nós e por nós o que não podemos fazer.
Assim somos capacitados a ministrá-Lo em vida aos outros, a edificar o Corpo, a espalhar vida – Sua vida – onde quer que formos. Sempre que a morte estiver realmente operando em nós, então, e só então, é que a vida pode verdadeiramente fluir para os outros.
O Quebrantamento Produz o Ministério
Isaque representa aquele que tinha tudo por meio dos dons. Observe que tudo o que recebeu veio do seu pai. Era algo objetivo para ele, algo fora dele. Até mesmo quando Isaque abençoou os filhos, ele ficou bastante confuso, pois estava quase cego e confundiu os rapazes.. Não foi assim com Jacó, pois este havia sido quebrado e realmente foi espatifado pelo Senhor; e o Espírito de Deus trabalhou interiormente a própria vida de Deus nele, até que ele disse: “A Tua salvação espero, ó Senhor!” (Gn 49.18). Quando abençoou seus filhos, ou melhor, os filhos de José, Jacó sabia exatamente o que estava fazendo. Ele o fez com inteligência. Ele disse: “Eu sei meu filho, eu o sei” (Gn 48.19). Jacó tinha luz , Jacó tinha revelação, porque havia sido quebrado.
Muitos perguntam: “Por que muitos servos bastante usados por Deus falham ou terminam sendo colocados de lado, isto é, não são mais usados por Ele? Quem pode dizer que Deus já os havia usado? e se Ele usou, foi apenas concedendo dons. Deus, em Seu direito soberano, escolheu alguém para lhe conceder um dom temporário, para ser usado por Ele durante algum tempo, porque o homem não era interiormente digno de qualquer outro ministério.
“Temos porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7). O Senhor nos conduz através de provas de fogo, as quais não poderíamos suportar nem por elas passar, situações em que não seríamos vitoriosos e nas quais seríamos terminados; todavia, é exatamente aí que descobrimos que aquilo que é precioso em nosso interior funciona. Por causa daquilo que é precioso dentro do vaso, por causa da vida de Cristo no interior de nós seguimos até o fim. Somos vitoriosos onde não poderíamos ser. Levamos no corpo o morrer de Jesus e, consequentemente, a vida de Jesus se torna manifesta.
Você só pode ajudar as pessoas na proporção em que você mesmo tenha sofrido. Quando maior o preço paga, mais você pode ajudar os outros; quanto menor o preço, menos você pode ajudar os outros. À medida em que você passa por provas de fogo, teste, aflições, perseguições e conflitos, e à medida em que você permite ao Espírito Santo operar o morrer de Jesus em você, a vida, a vida de Cristo, fluirá para os outros.
[1] Palavras de despedida do irmão Nee, quando seu navio partiu de Xangai para a Inglaterra em 1938 (N. E. em inglês)

Watchman Nee

o crente pode perder a salvação

Satanás jamais deixará o crente descansar. Está em atividade, sem cessar (Jó 1:7 e 2:2), acusando os irmãos dia e noite perante Deus (Apocalipse 12:10), procurando fazê-los tropeçar ou tentando perturbá-los. Desde o principio os meios para realizar esta obra de destruição são os mesmos e, ainda hoje, com o propósito de fazer vacilar a fé, semeia a dúvida nos corações colocando a mesma questão: "É assim que Deus disse?" (Gênesis 3:1).
O facto de que alguns sejam perturbados sobre um tema tão claro e frequentemente tão exposto como o da justificação pela fé, é prova cabal de que o inimigo continua repetindo seus ataques. Da mesma forma que o fez no momento de tentar o Senhor Jesus no deserto (Mateus 4:6; Lucas 4:10), ele o faz, empregando a Palavra; por exemplo, Tiago 2:24: "Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente." E Satanás acrescenta: "Vê como sua conduta deixa muito a desejar!
Onde estão as suas obras? Você tem fé, mas isso não é suficiente, pois a Palavra diz que não se é justificado somente pela fé".
Apresentam-se também outras passagens cujo sentido é falsificado e que, por isso, mantêm a dúvida nessa alma angustiada. Assim Romanos 11:22: "Você também será cortado", ou Filipenses 2:12: "desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor." Também é utilizado Hebreus 6:46 para fazer crer que o redimido por Cristo pode muito bem perder sua salvação, e para tirar toda a esperança de restauração daqueles que caíram em pecado. Com efeito, esta passagem diz: "É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tomaram participantes do Espírito Santo, e ainda provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e expondo-o à ignomínia (zombaria)". A pessoa perturbada mantém-se assim em contínua inquietação com respeito a sua salvação, tendo sempre temor de que não realize obras suficientes para obtê-la ou para perdê-la.
Faremos duas observações: E perigoso isolar um texto bíblico de seu contexto e, por outro lado, a Revelação consistiu um todo. Sobre a Palavra, diz ela mesma: "Os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente justos." (Salmos 19:9).
Esta expressão "igualmente" mostra-nos bem que o sentido de uma passagem deve ser buscada de acordo com as demais verdades conhecidas do livro Santo. Estes dois princípios devem guiar-nos sempre quando examinamos uma porção das Escrituras.
Justificados Perante Deus Pela Fé
A propósito da justificação, eis que o Apóstolo Paulo escreve aos romanos: "Mas ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" (Romanos 4:5), enquanto que o ensinamento de Apóstolo Tiago é este: "Verificais que uma pessoa é justificada por obras, e não por fé somente" (Tiago 2:24). Isolados de seu contexto, estas duas passagens parecem contraditórias e esta aparente contradição é motivo de confusão para muitos.
É necessário compreender que nestas duas porções da Palavra tratam-se dois temas muito diferentes. Na epístola aos Romanos, trata-se da justificação perante Deus e na epístola de Tiago da justificação perante os homens. Deus lê no meu coração; Ele pode discernir a realidade de minha fé sem que para isso sejam necessárias as obras. Ao contrário, aqueles que me rodeiam somente podem me julgar através de minha vida prática: "Eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras" (Tiago 2:18).
Um mesmo exemplo - o de Abraão - foi escolhido nas duas passagens citadas, o que é notável. Romanos 4 alude à cena de Gênesis 15: "Olha para os céus e conta as estrelas... Assim será a tua posteridade." Isso é o que Deus disse.
É suficiente crer para ser justificado: "E creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça." Este versículo mencionado em Romanos 4:3 é citado igualmente em Tiago 2:23, mas precedido por estas palavras. "E se cumpriu a Escritura que diz...". Quando foi cumprida esta Escritura? Quando Abraão ofereceu seu filho Isaque sobre o altar (v. 21). A cena de Gênesis 15, durante a qual foi pronunciada a expressão cumprida em Gênesis 22, é bastante anterior. Isaque não havia nascido ainda. A fé, pois, precede as obras, as quais são somente a consequência e o testemunho daquela perante o mundo. Em Gênesis 22 havia testemunhas ("dois dos seus servos") embora não tenham ido ao local do sacrifício.
Qual é o resultado em cada uma dessas circunstâncias? Gênesis 15: Abraão creu em Deus. E isso lhe for "imputado para justiça", é justificado perante Deus por sua fé. Não é questão de obras: "ao que não trabalha, porém crê..." (Romanos 4:5). Gênesis 22: suas obras manifestam sua fé. Aqui não se diz que isso lhe foi lhe foi imputado como justiça; aqui são dirigidas duas mensagens diferentes: "Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor..." (v. 11), "Então do céu bradou pela segunda vez o Anjo do Senhor a Abraão" (v. 15). Quais são essas duas mensagens? A primeira: "Agora sei que temes a Deus..." (v. 12). A segunda: "porquanto fizeste isso... deveras te abençoarei" (vs. 16-18).
Torna-se, pois, muito claro, que somos justificados perante Deus pela fé. As obras que somos exortados a fazer nada acrescentam a uma salvação perfeita, a qual está fundamentada sobre o principio da fé somente. Elas manifestam esta fé aos olhos dos que nos rodeiam e mostram que vivemos no temor de Deus. (Gênesis 22:12; elas não nos levam á salvação, mas à bênção no caminho - cap. 22:16-18). Veja-se ainda, além dessas passagens, Efésios 2:8-10; Tito 3:5-8; Gálatas 2:16.
Acrescentemos o que nos diz em outra parte a epístola aos Romanos a respeito da justificação. É Deus quem justifica (8:30,33), Deus e não o homem. Por que o faz? Porque é um Deus de graça: "sendo justificados gratuitamente por sua graça (3:24). Mas, como um Deus justo e santo pode justificar culpados? Por causa da obra executada na cruz: o sangue de Cristo foi vertido e somos "justificados pelo Seu sangue (5:9). Basta crer isso - "justificados, pois pela fé" (5:1) - para ter paz com Deus.
Juntos Com Cristo Para Sempre
O verdadeiro alcance de Romanos 11 perde-se de vista quando o aplicamos à salvação da alma. Outras passagens da Palavra (por exemplo, a epístola aos Efésios) nos ensinam que os redimidos por Cristo são vivificados e ressuscitados juntamente com Ele, que estão sentados com Ele nos lugares celestiais, que a Igreja é um só corpo com Ele. Como, pois, poderia ser rejeitado aquele que é"um" com Cristo no céu? Em Romanos 11, trata-se da terra e não do céu. A imagem escolhida pelo apóstolo - uma árvore - mostra isso muito bem. Esta oliveira não representa a Igreja, mas a nação judaica; a outra oliveira, a selvagem, as nações. Escreve o apóstolo: "Dirijo-me a vós outros, que sois gentios" (v. 13). O Evangelho foi anunciado às nações, mas se elas não perseveram no temor de Deus, serão cortadas (v. 22), da mesma maneira que foram os ramos da boa oliveira, isto é, Israel. Poderia haver no corpo de Cristo membros que fossem arrancados dele para dar lugar a outros? Há nesse corpo alguma diferença entre judeus e gentios? Não diz o apóstolo Pedro aos judeus, falando dos crentes dentre as nações: "não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles ? (Atos 15:9), e, não escreve o apóstolo Paulo aos Efésios: "Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos (os povos) fez um... para criar, em Si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um (só) corpo"? (2:14-16).
Não há, pois, nenhuma dúvida de que no capítulo 11 da epístola aos Romanos não se trata do Corpo de Cristo, mas dos judeus e das nações, responsáveis pelo testemunho de Deus na terra. Servir-se desta porção das Escrituras para afirmar que o crente que não anda fielmente pode perder sua salvação estaria em contradição com todo o restante dos ensinamentos da Palavra a esse respeito.
A Salvação da Alma Foi Definitivamente Alcançada
A explicação de Filipenses 2:12 também é dada frequentemente. Mas o apóstolo não tem em vista a justificação quando escreve: "Desenvolvei a vossa salvação com temor e temor".
Na epístola que envia aos filipenses, apresenta a salvação como a meta a alcançar: a libertação ao final da carreira. Como possuímos a salvação sobre o princípio da fé - não foi exatamente em Filipos onde ele respondeu à pergunta do carcereiro: "Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e tua casa"? (Atos 16:30-32) - somos exortados a trabalhar tendo em vista a libertação final. E um trabalho incessante, um combate contra Satanás que quer fazer-nos cair no caminho. Sem dúvida, se tivéssemos que nos defender nesse combate unicamente com nossas próprias forças e recursos, quem de nós poderia alcançar a meta? Mas "Deus é quem efetua em vós tanto o querer como realizar, segundo a Sua boa vontade" (Filipenses 2:13). Assim, podemos esperar com inteira confiança "a adoção, a redenção de nosso corpo" (Romanos 8:23-24). A salvação de nossas almas já foi alcançada; é a salvação de nossos corpos a que esperamos.
Uma Fé Viva e Não Uma Simples Profissão de Fé
O primeiro versículo da epístola aos Hebreus mostra claramente que ela foi enviada a crentes judeus. Deus havia falado aos pais pelos profetas; quando "falou pelo Filho", seu povo rejeitou-o e crucificou-o. Entretanto, fizeram-no por ignorância (Atos 3:17). Então é-lhes anunciado o Evangelho e pregado o arrependimento. Mas se, depois de ouvir, depois de adentrar a profissão de fé cristã, rejeitam a Cristo e voltam ao judaísmo, Deus não tem outro meio de salvação para oferecer-lhes. Isso é o que dirá o apóstolo Pedro depois de pronunciar as palavras que acabamos de mencionar (Atos 4:12). A passagem considerada de Hebreus 6:4-5 aplica-se, pois, a judeus que tiveram por algum tempo a aparência de profissão de fé cristã, mas sem ter realmente a vida de Deus. A "boa palavra de Deus" que ouviram, que apreciaram, iluminou-os; é o mesmo caso de muitos que apenas professam a fé (os que pretendem ser crentes e não o são) na atualidade. Chegaram a ser "participantes do Espírito Santo". Observemos bem que aqui não é utilizada a expressão de Efésios 1:13" Tendo crido nele, fostes selados com o Espírito Santo." Não se trata do selo do Espírito Santo, o qual Deus põe sobre seus filhos como uma marca de propriedade: é questão de pessoas que se encontraram no cristianismo, mas que jamais fizeram parte do único "corpo" (Efésios 1:23;4:4).
Nada nestes versículos, pois, permite dizer que um filho de Deus possa perder sua salvação e que é impossível que seja conduzido novamente ao arrependimento se caiu. Um crente que cai não perde sua salvação, mas o gozo de sua comunhão com o Senhor. São duas coisas muito diferentes (Levítico 21:21-23).
Conclusão
Sem dúvida, estamos em tempo de relaxamento. Em muitos sentidos, é útil considerar com atenção nossa responsabilidade. "Já é hora de vos despertardes do sono"(Romanos 13:11-14), e esta exortação dirige-se também a nós: "Lembra-te, pois de onde caíste, arrepende-te, e volta à prática das primeiras obras" (Apocalipse 2:5).
Temos necessidade de considerar seriamente nossa caminhada individual e colectiva, respondendo ao convite que nos foi feito: "Esquadrinhemos os nossos caminhos, provemo-los, e voltemos para o Senhor" (Lamentações de Jeremias 3:40). Talvez pudéssemos duvidar se realmente é salvo - somente Deus lê em nossos corações - aquele que disser: "Sou salvo, não importa se eu andar fielmente ou não!" Aquele que crê se transforma em alguém que ama, porque o amor de Deus é derramado em seu coração, e este amor é manifestado guardando Sua Palavra (João 14:21-23). Dessa forma, temos que mostrar nossa fé por obras.
Mas, se nossa salvação dependesse de nossos caminhos, quem ousaria pretender ser salvo? Querer despertar a consciência dos santos adormecidos, mostrando-lhes que sua salvação pode ser questionada, porque sua caminhada não é o que deveria ser, teria como único resultado perturbá-los em vez de despertá-los. Nossa vida está unida à de nosso amado Salvador: "Porque eu vivo, vós também vivereis" (João 14:19). De Suas ovelhas, às quais deu a vida eterna, Ele pode dizer: "jamais perecerão, e ninguém as arrebatará de minha mão. Meu Pai, que mas deu, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai". (10:28-29). Esta salvação, que descansa sobre a obra perfeita de Cristo cumprida na cruz e que recebemos pela fé, não nos pode ser tirada. Esta certeza é nossa felicidade e nossa paz.
Que nenhum filho de Deus duvide de sua salvação. Esta descansa sobre o que Cristo fez e não sobre o que nós fazemos. Mas cada um deles manifeste sua fé por meio de suas obras, para ouvir esta promessa: "Agora sei que temes a Deus... deveras te abençoarei" (Gênesis 22:12,17). Poderá gozar então de uma comunhão feliz com o Pai e com o Filho: "Viremos para ele e faremos nele morada." (João 14:23). Também sentirá toda a felicidade que resulta da obediência: "Se guardardes meus mandamentos, permanecereis no meu amor... Tenho vos dito estas cousas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo" (João 15:10, 11).

Paul Fuzier


Dwight Lyman Moody (5 de fevereiro de 1837 — 22 de dezembro de 1899), também conhecido como D. L. Moody, foi um evangelista e editor americano que fundou a Igreja Moody, a Escola Northfield, a Escola Mount Hermon em Massachusetts (agora chamada Escola Northfield Mount Hermon), o Instituto Bíblico Moody e a Moody Press. O pai de Dwight Moody era alcoólatra e morreu aos 41 anos. Dwight tinha somente quatro anos e era o mais jovem de sua família nesse momento.
Moody mudou-se para Boston em busca de trabalho. Trabalhou com seu tio em uma sapataria. Uma das exigências de seu tio era que Moody freqüentasse uma igreja; entrou para a Igreja Congregacional. Ele freqüentou, mas não estabeleceu um relacionamento pessoal com Deus até mais adiante. Certo dia, um professor falou-lhe sobre quanto Deus o amava. Moody converteu-se então ao cristianismo. Sua conversão iniciou sua carreira como evangelista.
O trabalho conduziu sua escola dominical em Chicago a ser a maior da época. Moody trabalhou tão arduamente que no decorrer de um ano a incidência média em sua escola era de 650 pessoas, enquanto sessenta voluntários de varias igrejas trabalhavam como professores. A escola chegou a ser tão conhecida que o recém eleito presidente Lincoln visitou e falou em uma reunião da escola em 25 de novembro de 1860.
Depois do começo da Guerra Civil, se uniu à Comissão Cristã Americana (YMCA – A ACM do Brasil). Em Chicago, Moody trabalhou para começar uma escola dominical para crianças nas zonas mais pobres da cidade. Logo teve mais de 1000 crianças além de seus pais freqüentando semanalmente. Em 1862, o presidente americano Abraham Lincoln visitou a escola. A congregação cada vez maior necessitava de um lugar permanente, assim Moody começou uma igreja em Chicago, a Illinois Street Church. Quando a igreja se queimou no Grande Incêndio de Chicago, foi reconstruída após três meses em uma localidade próxima, sob o nome de Chicago Avenue Church.
Em uma viagem à Inglaterra, Moody se fez mais conhecido como evangelista, a ponto de haver sido chamado de maior evangelista do século XIX. Sua pregação teve um impacto tão grande como as de George Whitefield e John Wesley dentro da Grã-Bretanha, Escócia e Irlanda. Em varias ocasiões encheu estádios com capacidade entre 2 mil e 4 mil pessoas. Em uma reunião no Botanic Gardens Palace se juntaram entre 15.000 e 30.000 seguidores. Este séqüito continuou em 1874 e 1875, com as multidões em todas as reuniões. Quando voltou aos Estados Unidos, as multidões de 12.000 a 20.000 eram tão comuns como na Inglaterra. Suas reuniões evangélicas se celebraram de Boston a Nova York, passando por Nova Inglaterra e outros povos da costa oeste, como Vancouver e San Diego.
Entre 1884 e 1891, Moody mostrou-se ativo em campanhas evangelísticas nos EUA e no Canadá. Estabeleceu o Instituto Bíblico de Chicago que mais tarde mudou de nome para Instituto Bíblico Moody que tem servido de grande força aos evangélicos e tem preparado pregadores, missionários e líderes que têm trabalhado em todos os continentes do mundo. Sua pregação era caracterizada por aqueles que o ouviam, como direta, sincera, franca, sem enfeites, não-gramatical, sempre simples mas enormemente sincera e convincente. Moody era homem simples e honesto no tocante ao dinheiro, como em tudo o mais. Não aceitava lucros e todos os proventos das vendas do hinário de sua autoria e de Ira D. Sankey eram administrados por uma junta de encarregados, e eram destinados ao sustento das escolas de Northfield. Aproximando sua morte, ele era relativamente pobre. Ele declarou: “minha esposa e meus filhos simplesmente terão que confiar no mesmo Deus em que tenho confiado”.
Deu seu último sermão em 16 de novembro de 1899. R. A. Torrey foi o sucessor de Moody como presidente do Moody Bible Institute. Dez anos depois de sua morte, a Chicago Avenue Church foi renomeada como Igreja Moody em sua homenagem.


Charles Haddon Spurgeon, comumente referido como C. H. Spurgeon (19 de junho de 1834 — 31 de janeiro de 1892), foi um pregador batista britânico, nascido em Kelvedon, Essex. Converteu-se ao cristianismo em janeiro de 1850, aos quinze anos de idade. Aos dezesseis, em 1851, pregou seu primeiro sermão; no ano seguinte tornou-se pastor de uma igreja batista em Waterbeach, Cambridgeshire.
Em 1854 Spurgeon, então com vinte anos, foi chamado para ser pastor na capela de New Park Street, Londres, que mais tarde viria a chamar-se Tabernáculo Metropolitano, transferindo-se para novo prédio. Desde o início do ministério, seu talento para a exposição dos textos bíblicos foi considerado extraordinário. E sua excelência na pregação nas santas escrituras bíblicas lhe deram o título de o Príncipe dos Pregadores.
Histórico
Houve época em que o simples fato de optar pela religião evangélica equivalia a colocar a cabeça a prêmio. No século XV, Carlos V, o imperador espanhol, queimou milhares de evangélicos em praça pública. Seu filho, Filipe II, vangloriava-se de ter eliminado dos países baixos da Europa cerca de 18 mil "hereges protestantes". Para fugir da perseguição implacável, outros milhares de cristãos foram para a Inglaterra. Dentre eles, estava a família de Charles Haddon Spurgeon, o homem que se tornaria um dos maiores pregadores de todo o Reino Unido. Charles obteve tão bom resultado em seu ministério evangelístico que, além de influenciar gerações de pastores e missionários com seus sermões e livros, até hoje é chamado de Príncipe dos pregadores.
O Maior dos Pecadores
Spurgeon era filho e neto de pastores que haviam fugido da perseguição. No entanto, somente aos 15 anos, ocorreu seu verdadeiro encontro com Jesus. Segundo os livros que contam a história de sua vida, Spurgeon orou, durante seis meses, para que, "se houvesse um Deus", Este pudesse falar-lhe ao coração, uma vez que se sentia o maior dos pecadores. Spurgeon visitou diversas igrejas sem, contudo, tomar uma decisão por Cristo.
Certa noite, porém, uma tempestade de neve impediu que o pastor de uma igreja local pudesse assumir o púlpito. Um dos membros da congregação - um humilde sapateiro - tomou a palavra e pregou de maneira bem simples uma mensagem com base em Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra. Desprovido de qualquer experiência, o pregador repetiu o versículo várias vezes antes de direcionar o apelo final. Spurgeon não conteve as lágrimas, tamanho o impacto causado pela Palavra de Deus.
Início de Uma Nova Caminhada
Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em Newmarkete Cambridge. Embora fosse jovem, Spurgeon tinha rara habilidade no manejo da Palavra e demonstrava possuir algumas características fundamentais para um pregador do Evangelho. Suas pregações eram tão eletrizantes e intensas que, dois anos depois de seu primeiro sermão, Spurgeon, então aos 20 anos, foi convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres, antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso. Afinal, que chance de sucesso teria um menino criado no campo (Anteriormente, Spurgeon pastoreava uma pequena igreja em Waterbeach, distante da capital inglesa), diante do púlpito de uma igreja enorme que agonizava?
Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200 lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. A última metade do século XIX foi um período muito difícil para as igrejas inglesas. Londres fora industrializada rapidamente, e as pessoas trabalhavam durante muitas horas. Não havia tempo para as pessoas se dedicarem ao Senhor. No entanto, Spurgeon aceitou sem temor aquele desafio.
Tamanha Audiência
O sermão inaugural de Spurgeon, naquela enorme igreja, ocorreu em 18 de dezembro de 1853. Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou de rogar a Deus por um glorioso avivamento. No início, eu pregava somente a um punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.
Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram intransitáveis. Logo, as instalações do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.
Muitas congregações, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon levava as Boas Novas não só para as reuniões ao ar livre, mas também aos maiores edifícios de 8 a 12 vezes por semana.
Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha, exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o Crystal Palace, de Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.
Sucesso
Mais de cem anos depois de sua morte, muitos teólogos ainda tentam descobrir como Spurgeon obtinha tamanho sucesso. Uns o atribuem às suas ilustrações notáveis, a habilidade que possuía para surpreender a platéia e à forma com que encarava o sofrimento das pessoas.
Entretanto, para o famoso teólogo americano Ernest W. Toucinho, autor de uma biografia sobre Spurgeon, os fatores que atraíam as multidões eram estritamente espirituais: O poder do Espírito Santo, a pregação da doutrina sã, uma experiência de religioso de primeira-mão, paixão pelas almas, devoção para a Bíblia e oração a Cristo, muita oração. Além disso, vale lembrar que todas as biografias, mesmo as mais conservadoras, narram as curas milagrosas feitas por Jesus nos cultos dirigidos pelo pregador inglês.
As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época, faziam considerações sobre ele que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O jornal The Times publicou, certa ocasião, a respeito do pastor inglês: Ele pôs velha verdade em vestido novo. Já o Daily Telegraph declarou que os segredos de Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a coragem. Para o Daily Chronicle, Charles Spurgeon era indiferente à popularidade; um gênio, por comandar com maestria, uma audiência. O Pictorial World registrou o amor de Spurgeon pelas pessoas.
Importância
O amor de Spurgeon tinha raízes. Casou-se em 20 de setembro de 1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez, Susannah.
A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27 anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula. Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de Davi (sobre o livro de Salmos), Manhã e Noite (devocional) e Mateus - O Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692 pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da terra.


A Bíblia relata uma infinidade de situações usadas por Deus para manifestar Sua vontade e Sua presença. A conversão de um dos maiores pregadores avivalistas de todos os tempos, o americano Charles Grandison Finney (1792-1875), não chega a ser "estarrecedora" se comparada, por exemplo, ao episódio narrado nas Escrituras, no qual Deus fez falar a mula de Balaão. No entanto, não se pode dizer que seja "natural" alguém entregar-se a Jesus após a leitura exaustiva de livros de Direito, contendo citações bíblicas. Foi exatamente isso que aconteceu com o então advogado Charles Finney.
Finney nasceu em Warren, estado de Connecticut, no dia 29 de agosto de 1792. Dois anos depois, sua família foi para a cidade de Hanover, em Nova Iorque. Seus pais não eram convertidos ao Evangelho, e se criou num lugar onde os membros da igreja conheciam apenas a formalidade fria dos cultos. Tornou-se um advogado que, ao encontrar nos seus livros de jurisprudência muitas citações da Bíblia, comprou ume exemplar com a intenção de conhecer as Escrituras. Em 1821, após ler muitos livros de Direito, cujas leis eram fundamentadas na Bíblia, ele decidiu conhecer as Escrituras. Em uma tarde fria, Finney saiu para dar um passeio nos bosques. Lembrando-se dos exemplos do Livro Sagrado, procurou estar a sós com Deus. Ajoelhado em oração, Finney entregou-se a Jesus após travar uma batalha interior: Achei-me tomado por uma fraqueza e não consegui ficar em pé. Tive vergonha de que alguém me encontrasse ali, de joelhos, e logo em desespero percebi o que me impedia de entregar meu coração ao Senhor: meu orgulho. Fui vencido pela convicção do pecado. E me arrependi. Durante todo seu processo de aprendizado e mais tarde em seu ministério, Finney manteve os princípios que aprendeu nos anos em que esteve na advocacia. Eis um trecho de sua biografia:
"Ao ler a Bíblia, ao assistir às reuniões de oração, e ouvir os sermões do senhor Galé, percebi que não me achava pronto a entrar nos céus... Fiquei impressionado especialmente com o fato de as orações dos crentes, semana após semana, não serem respondidas. Li na Bíblia “pedi e dar-se-vos-á”. Li, também, que Deus é mais pronto a dar o Espírito Santo aos que lho pedirem, do que os pais terrestres a darem boas coisas aos filhos. Ouvia os crentes pedirem um derramamento do Espírito Santo e confessarem, depois, que não o receberam. Exortavam uns aos outros a se despertarem para pedir, em oração, um derramamento do Espírito de Deus e afirmavam que assim haveria um avivamento com a conversão de pecadores... Foi num domingo de 1821 que assentei no coração resolver o problema sobre a salvação da minha alma e ter paz com Deus. (...) Fui vencido pela convicção do grande pecado de eu envergonhar-me se alguém me encontrasse de joelhos perante Deus, e bradei em alta voz que não abandonaria o lugar, nem que todos os homens da terra e todos os demônios do inferno me cercassem. O pecado parecia-me horrendo, infinito. Fiquei quebrantado até o pó perante o Senhor. Nessa altura, a seguinte passagem me iluminou: “ Então me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração”.
A conversão de Finney e o seu imediato batismo no Espírito Santo, contados em sua biografia, são impressionantes. O amor a Deus, a fome de sua Palavra, a unção para testemunhar e anunciar do Evangelho vieram sobre ele no dia de sua entrega a Jesus. Imediatamente, o advogado perdeu todo o gosto pela sua profissão e tornou-se um dos mais famosos pregadores do Evangelho. Daquele momento em diante, tudo em sua vida seria incomum. Conta-se que, após uma de suas pregações em Governeur, no estado de Nova Iorque, não houve baile ou representações teatrais por quase seis anos, tamanha a força das palavras proferidas pelo chamado apóstolo do avivamento. Ao longo de todo seu ministério pela América, calcula-se que cerca de 500 mil pessoas aceitaram ao Senhor. Eis o segredo dos grandes pregadores, nas palavras do próprio Finney:
"Os meios empregados eram simplesmente pregação, cultos de oração, muita oração em secreto, intensivo evangelismo pessoal e cultos para a instrução dos interessados. Eu tinha o costume de passar muito tempo orando; acho que, às vezes, orava realmente sem cessar. Achei, também, grande proveito em observar frequentemente dias inteiros de jejum em secreto. Em tais dias, para ficar inteiramente sozinho com Deus, eu entrava na mata, ou me fechava dentro do templo".
Ele queria entender a profundidade dos problemas da humanidade, usar sua fantástica oratória para falar de Jesus e estudar a Bíblia com uma visão racional e prática. Por causa disso, Finney teve dificuldades para compreender por que as bênçãos não chegavam ao povo de Deus: "Ao ler a Bíblia, ao assistir as reuniões de oração, e ouvir os sermões do pregador, percebi que não me achava pronto a entrar nos céus. Fiquei impressionado especialmente com o ato das orações dos cristãos, semana após semana, não serem respondidas. Li na Bíblia: Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Li também, que Deus está mais pronto a dar o Espírito Santo aos que Lho pedirem, do que os pais terrestres a darem boas coisas aos filhos. Mas, ao ler mais a Bíblia, vi que as orações dos cristãos não eram respondidas porque não tinham fé, isto é, não esperavam que Deus lhes desse o que pediram. Entretanto, com isso senti um alívio a cerca da veracidade do Evangelho", contou ele anos mais tarde em sua autobiografia.
Em 1823, Finney se tornou ministro do Evangelho, na cidade de Saint Lawrence, e iniciou, no ano seguinte, o processo conhecido nos livros de história como "o fogo dos nove anos", entre 1824 e 1832. Naquele período, ele administrou reuniões de reavivamento ao longo das chamadas cidades orientais: Gouverneur, Roma, Utica, Ruivo, Troy, Wilmington, Filadélfia, Boston e Nova Iorque. Durante as reuniões, advogados, médicos e homens de negócios se arrependiam de seus pecados e se entregavam a Jesus com lágrimas. Em Rochester, diz-se que o lugar foi estremecido até as suas fundações, e cerca de 1.200 pessoas converteram-se a Cristo. Boa parte delas tornou-se membro da Igreja daquela cidade. Finney abriu o caminho para evangelistas de massa como Dwight L. Moody, Billy Sunday, entre outros.
Descobriu-se que mais de 85 pessoas de cada 100 que se convertiam sob a pregação de Finney permaneciam fiéis a Deus; enquanto 75 pessoas de cada cem, das que professaram conversão nos cultos de algum dos maiores pregadores, se desviavam. Parece que Finney tinha o poder de impressionar a consciência dos homens sobre a necessidade de um viver santo, de tal maneira que produzia fruto mais permanente.
Finney ficou viúvo duas vezes e teve três esposas. Casou-se com Lydia Raiz Andrews, com quem teve seis filhos. Ela morreu em 1847. Depois, casou-se com Elizabeth Ford Atkinson, que também faleceu e, por último, Rebecca Allen Rayl. As três compartilharam do trabalho de reavivamento, acompanhando-o nas viagens e nos ministérios paralelos.
Em 1832 Finney começou a pastorear uma igreja em Nova Iorque, ao mesmo tempo em que era evangelista em cidades mais distantes. Três anos depois, um comerciante de seda, rico e benfeitor, Arthur Tappan, ofereceu apoio financeiro ao recém fundado Instituto Colegial Oberlin naquela cidade, desde que Finney fosse convidado a montar um departamento teológico. Por influência do abolicionista Theodore Dwight Solda, o pregador aceitou o convite, mas com duas exigências: a de continuar pregando a Palavra de Deus em Nova Iorque e a de que a escola admitisse negros. Assim foi feito.
Mais tarde, o colégio passou a chamar-se Seminário Teológico Oberlin. Naquele estabelecimento, Finney foi professor de teologia sistemática e teologia pastoral. Durante os 40 anos em que atuou como evangelista, escreveu 17 livros, quatro deles impressos ate hoje. O mais significativo deles foi, sem dúvida, Teologia Sistemática, considerado por muitos a maior obra sobre Teologia então escrita. Vítima de um problema cardíaco, o professor e apóstolo apaixonado por Jesus faleceu em 1875.

sábado, 18 de setembro de 2010

John Wycliffe - Arauto da Reforma Protestante



No século XIV surgiu na Inglaterra um homem que devia ser considerado " a estrela da manhã da Reforma Protestante ". John Wycliffe foi o arauto da Reforma, não somente para Inglaterra mas para toda a cristandade. O grande protesto contra Roma, que lhe foi dado proferir, jamais deveria silenciar. Aquele protesto abriu a luta que deveria resultar a emancipação de indivíduos, igrejas e nações.

Wycliffe recebeu educação liberal, e para ele o temor do Senhor era o princípio da sabedoria. No colégio se distinguira pela fervorosa piedade bem como pelos seus talentos e perfeito preparo escolar. Em sua sede de saber procurava familiarizar-se com todo ramo de conhecimento. Foi educado na filosofia escolástica, nos cânones da Igreja e na lei civil, especialmente do seu próprio país. Em seus trabalhos subseqüentes evidencio-se o valor desses primeiros estudos. Um conhecimento proficiente da filosofia especulativa de seu tempo, habilitou-o a expor os erros dela; e, mediante o estudos das leis civis e eclesiásticas, preparou-se para entrar na grande luta pela liberdade civil e religiosa. Não só sabia manejar as armas tiradas da Palavra de Deus, mas também havia adquirido a disciplina intelectual das escolas e compreendia a tática dos teólogos escolásticos. O poder de seu gênio e a extensão e proficiência de seus conhecimento impunham o respeito de amigos bem como de inimigos. Seus adeptos viam com satisfação que seu herói ocupava lugar preeminente entre os espíritos dirigentes da nação; e seus inimigos eram impedidos de lançar o desprezo à causa da Reforma, exprobrando a ignorância ou fraqueza do que a mantinha.

Quando ainda no colégio, Wycliffe passou a estudar as Escrituras Sagradas. Naqueles primitivos tempos em que a Bíblia existia apenas nas línguas antigas, os eruditos habilitados a encontrar o caminho para a fonte da verdade, o qual se achava fechado as classes incultas. Assim já fora preparado o caminho para o trabalho futuro de Wycliffe como Reformador.

Semelhante aos reformadores posteriores, Wycliffe não previu, ao iniciar a sua obra, até onde ela o levaria. Não se opôs deliberadamente a Roma. A dedicação à verdade, porém, não poderia senão levá-lo a conflito com a falsidade. Quanto mais claramente discernia os erros de papado, mais fervorosamente apresentava os ensinos da Escritura Sagrada. Via que Roma abandonara a palavra de Deus pela tradição humana; destemidamente acusava o sacerdócio de haver banido as Escrituras, e exigia que a Bíblia fosse devolvida ao povo e de novo estabelecida sua autoridade na Igreja. Wycliffe era ensinador hábil e ardoroso, eloqüente pregador, e sua vida diária era uma demonstração das verdades que pregava. O conhecimento das Escrituras, a força de seu raciocínio, a pureza de sua vida e sua coragem e integridade inflexíveis conquistaram geral estima e confiança. Muitas pessoas se haviam tornado descontentes com sua fé anterior, ao verem a iniqüidade na Igreja de Roma, e saldaram com incontida alegria as verdades expostas por Wycliffe; mas os dirigentes papais encheram-se de raiva quando perceberam que ente reformador conquistava maior influência que a deles mesmos.

Wycliffe começou a escrever e publicar folhetos contra os frades, porém não tanto procurando entrar em discussão com eles como despertando o espírito do povo aos ensinos da Bíblia e seu Autor. Ele declarava que o poder do perdão o excomunhão não possuía o papa em maior grau do que os sacerdotes comuns, e que ninguém pode ser verdadeiramente excomungado a menos que primeiro haja trazido sobre si a condenação de Deus. De nenhuma outra maneira mais eficaz poderia ele ter empreendido a demolição da gigantesca estrutura de domínio espiritual e temporal que o papa erigira, e em que alma e corpo de milhões se achavam retidos em cativeiro.

De novo foi Wycliffe chamado para defender os direitos da coroa inglesa contra as usurpações de Roma; e. sendo designado embaixador real, passou dois anos na Holanda, em conferência com os emissários de papa. Ali entrou em contato com eclesiásticos da França, Itália e Espanha, e teve oportunidade de devassar os bastidores, e informar-se de muitos fatos que lhe teriam permanecido em oculto na Inglaterra. Aprendeu muitas coisas que o orientariam em seus trabalhos posteriores. Naqueles representantes da corte papal lia ele o verdadeiro caráter e objetivos da hierarquia. Voltou para Inglaterra a fim de repetir mais abertamente e com maior zelo seus ensinos anteriores, declarando que a cobiça, o orgulho e o engano eram os deuses de Roma.

Os trovões papais logo se desencadearam contra ele. Três bulas foram expedidas para a Inglaterra : para universidade, para o rei e para os prelados, ordenando todas as medidas imediatas e decisivas para fazer silenciar o ensinador de heresias. Antes da chegada das bulas, porém, os bispos em seu zelo, intimaram Wycliffe a comparecer perante eles para o julgamento. Entretanto, dois dos mais poderosos príncipes do reino o acompanharam ao tribunal; e o povo, rodeando o edifício e invadindo-o, intimidou de tal maneira os juízes que o processo foi temporariamente suspenso, sendo-lhe permitido ir-se em paz. Um pouco mais tarde faleceu Eduardo III, a quem em sua idade avançada os prelados estavam procurando influenciar contra o reformador, e o anterior protetor de Wycliffe tornou-se regente do reino.

Mas a chegada das bulas papais trazia para toda a Inglaterra a ordem peremptória de prisão e o encarceramento do herege. Estas medidas indicavam de maneira direta a fogueira. Parecia certo que Wiclef logo deveria cair vítima da vingança de Roma. Mas aquele que declarou outra outrora para alguém: " Não temas ....Eu sou teu escudo " ( Gn 15:1 ), de novo estendeu a mão para proteger seu servo. A morte veio, não para o reformador, mas para o pontífice que lhe decretara destruição. Gregório XI morreu, e dispersaram-se os eclesiásticos que se haviam reunidos para o processo de Wiclef.

A providência de Deus encaminhou ainda mais os acontecimentos para dar ainda mais oportunidade ao desenvolvimento da Reforma. A morte de Gregório foi seguida da eleição de dois papas rivais. Dois poderes em conflito, cada um se dizendo infalível, exigiam agora obediência. Cada qual apelava para os fiéis afim de o ajudarem a fazer guerra contra o outro, encarecendo suas exigências com terríveis anátemas contra os adversários e promessas de recompensas no Céu aos que o apoiavam. Esta ocorrência encareceu grandemente o poderio do papado. Crimes e escândalos inundavam a igreja. Nesse ínterim, o reformador, no silencioso retiro de sua paróquia de Luttreworth, estava trabalhando diligentemente para, dos papas contendores, dirigir os homens a Jesus, o Príncipe da paz.

Wycliffe, a exemplo de seu Mestre, pregou o evangelho aos pobres. Não contente com só espalhar a luz nos lares humildes em sua paróquia de Lutterworth, concluiu que ela deveria ser levada a todas as pastes da Inglaterra. Para realizar isso organizou um corpo de pregadores, homens simples e dedicados, que amavam a verdade e nada desejavam tanto como o propagá-la. Estes homens iam por toda parte, ensinando nas praças, nas ruas das grandes cidades e nos atalhos do interior.

Como professor de teologia em Oxford, Wycliffe pregou a Palavra de Deus nos salões da universidade. Tão fielmente apresentava ele a verdade aos estudantes sob sua instrução, que recebeu o título de " Doutor do Evangelho ". Mas a maior obra de sua vida deveria ser a tradução das Escrituras para a língua inglesa. Num livro, exprimiu a intenção de traduzir a Bíblia, de maneira que todos na Inglaterra pudessem ler, na língua materna, as maravilhosas obras de Deus.

Subitamente, porém, interromperam-se as suas atividades. Posto que não tivesse ainda sessenta anos de idade, o trabalho incessante, o estudo e os assaltos dos inimigos haviam posto à prova suas forças, tornando prematuramente velho. Foi atacado de perigosa enfermidade. A notícia disto proporcionou grande alegria aos frades. Pensavam então que se arrependeria amargamente do mal que tinha feito à Igreja e precipitaram a seu quarto para ouvir-lhe a confissão. Representantes das quatro ordens religiosas, com quatro oficias civis, reuniram-se ao redor do suposto moribundo. " Tendes a morte em vossos lábios, diziam; " comovei-vos com as vossas faltas, e retratai em nossa presença tudo o que dissestes para ofensa nossa ", continuavam . O reformador ouviu em silêncio; mandou então seu assistente levantá-lo no leito e, olhando fixamente para eles enquanto permaneciam esperando a retratação, naquela voz firme e forte que tantas vezes os haviam feito tremer, disse: " Não hei de morrer, mas viver, e novamente denunciar as más ações dos frades " . Espantados e confundidos, saíram os monges apressadamente do quarto. Cumpriram-se as palavras de Wycliffe. Viveu a fim de colocar nas mão de seus compatriotas a mais poderosa de todas as armas contra Roma, isto é, dar-lhes a Escritura Sagrada, o meio de indicado pelo Céu para libertar, esclarecer e evangelizar o povo.

Conclui-se, por fim, o trabalho: a primeira tradução inglesa que já se fizera da Escritura Sagrada. A palavra de Deus estava aberta para a Inglaterra. O reformador não temia agora prisão ou fogueira, Colocara nas mãos do povo inglês uma luz que jamais se extinguiria. Dando a seus compatriotas, fizera mais no sentido de quebrar os grilhões da ignorância e do vício, mais para libertar e enobrecer seu país, do que já se conseguira pelas mais brilhantes vitórias nos campos de batalha.

Novamente os chefes papais conspiraram para fazer silenciar a voz do reformador. Perante três tribunais foi ele sucessivamente chamado a juízo, mas sem proveito. Primeiramente um sínodo de bispos declarou heréticos os seus escritos e, ganhando o jovem rei Ricardo II para seu lado, obtiveram um decreto real sentenciando à prisão todos os que professassem as doutrinas condenadas. Wycliffe apelou para o parlamento, que despertado pelos seus estímulos, repeliu o edito perseguidor. Porém , pela terceira vez foi chamado a julgamento, e agora perante o mais elevado tribunal eclesiástico do reino. Mas Wycliffe, não se retratou. Destemidamente sustentou seus ensino e repeliu as acusações de seus perseguidores. Sentiu-se o poder do Espírito Santo na sala do concílio. Os ouvintes ficaram como que fascinados. Pareciam como que não haver forças para deixar o local. Como setas da aljava do Senhor, as palavras do reformador penetravam-lhes a alma. Assim sendo, retirou-se da assembléia e nenhum do seus adversários tentou impedi-lo.

A obra de Wycliffe estava quase terminada; a bandeira da verdade que durante tanto tempo empunhara, logo lhe deveria cair da mão; mas, uma vez mais, deveria ele dar testemunho do evangelho. A verdade devia ser proclamada do próprio reduto do reino do erro. Wycliffe foi chamado a julgamento perante o tribunal papal de Roma, o qual tantas vezes derramara o sangue dos santos. Não ignorava o perigo que o ameaçava; contudo, teria atendido à chamada se um ataque de paralisia lhe não houvesse tornado impossível efetuar a viagem. Mas, se bem que sua voz não devesse ser ouvida em Roma, poderia falar por carta, e isto se decidiu a fazer. De sua reitoria o reformador escreveu uma carta que, conquanto respeitosa nas expressões e cristã no espírito, era incisiva censura à pompa e orgulho da sé papal. Wycliffe esperava plenamente que sua vida seria o preço de sua fidelidade. O rei, o papa e os bispos estavam reunidos para levá-lo a ruína, e parecia certo que, quando muito, em alguns poucos meses o levariam à fogueira. Mas Deus, em sua providência, ainda escudou a seu servo. O homem que durante toda a vida permanecera ousadamente na defesa da verde, diariamente em perigo de vida, não deveria cair vítima do ódio de seus adversários. Wycliffe nunca procurara escudar-se a si mesmo, mas o Senhor lhe fora o protetor; e agora quando seus inimigos julgavam segura a presa, a mão de Deus o removeu para além de seu alcance. Em sua igreja, em Lutterworth, na ocasião em que ia ministrar a comunhão, caiu atacado de paralisia, e em pouco tempo rendeu a sua vida.

Wycliffe saíra das trevas da Idade Média. Ninguém havia que tivesse vivido antes dele, por meio de cuja obra pudesse modelar seu sistema de reforma. Suscitado como João Batista para cumprir uma missão especial, foi ele o arauto de uma nova era. Contudo, no sistema de verdade que apresentava, havia uma unidade e perfeição que os reformadores que o seguiram não excederam e alguns não atingiram, mesmo cem anos mais tarde. Tão amplo e profundo foi posto o fundamento, tão firme e verdadeiro foi posto o arcabouço, que não foi necessário serem reconstruídos pelos que depois dele vieram.

fonte:http://www.icrvb.com