domingo, 27 de fevereiro de 2011

Precisa-se: Profetas Para O Dia Do Juízo

A cabeça de Paulo já está mesmo prestes a rolar. E daí? Então diante de Agripa esse destemido discípulo não tem medo, nem usa de meias medidas. Na verdade ele não consegue ser falso em nenhuma situação, nem em lugar algum. A coragem física é uma forma pela qual um homem pode se distinguir. Mas a coragem moral, que não treme ante as opiniões dos outros, sejam eles quem forem, é outra coisa. Paulo possuía esses dois tipos de coragem que fizeram dele um Daniel cristão, numa “cova de leões” romana. Os homens poderão destruir o corpo de um profeta, mas nunca destruirão o profeta. Mas, como eu ia dizendo, quando Paulo se apresentou perante o rei Agripa, já estava com a cabeça prestes a rolar. Ciente de que já estavam bem perto os pés daqueles que o sepultariam, ele prega com maior fervor, a ponto de aquele rei imoral gaguejar: “Por pouco me persuades a me fazer cristão”. E também Festo, que era um dos convidados, esquece as regras da boa educação, e interrompe-o: “Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar”. Ao que o apóstolo responde: “Não estou louco, ó excelentíssimo Festo”. (Acho que o tom de voz que ele empregou aqui dava a entender que os ouvintes é queestavam loucos.) Mas diga-me: quando pregamos o evangelho hoje, alguém acha que estamos loucos? Pelo contrário, não podemos fazer pregações muito taxativas, não é mesmo? Afinal, temos que pensar em nossa reputação, nas multidões que vêm ouvir-nos, nas ofertas que temos de levantar, e nos tantos anos que já temos de ministério. Faz alguns anos, os metodistas realizaram uma convenção anual em Newcastle, na Inglaterra. E a conclusão a que chegaram é que, a

despeito dos grandes esforços empreendidos nas campanhas de evangelismo em massa e da preservação dos conversos pelo trabalho de discipulado, a “vela do evangelismo” está quase apagada. Mas entre eles existem homens de grande coração, de visão ampla e de grandeza de mente. Um deles é Edwin Sangster, teólogo, escritor e agora também presidente da junta de missões nacionais. Ele não refuta a acusação de que o metodismo está enfermo, quase à morte. Mostra-se comovido, e comove outros. Ouça o que ele diz: “Estamos lutando contra uma doença entranhada nas profundezas da alma da nação. E para ela temos que empregar uma profunda terapia de raios-X que ainda não conseguimos definir com clareza”. E depois acrescenta: “Acredito, com tristeza, que o agnosticismo está-se desenvolvendo na Inglaterra, em vez do avivamento que os metodistas tanto desejavam. E creio que, mesmo que o número dos presentes fosse menor, poderíamos ter a conversão de todos eles. Mas o que acontece é que até os que estão nos púlpitos têm problemas de incredulidade”. E enquanto a igreja vai-se tornando fria e ineficiente, as cadeias e as varas de família onde se julgam os divórcios estão cada vez mais superlotadas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário